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Jenny
Candeias, na edição de ontem do jornal «A Bola» (09.02.2017, p. 32) falava-nos
de algo inexistente na estrutura organizativa da nossa modalidade a nível do
país: “O nosso desporto, de estrutura
associativa, tem na base clubes e, na cúpula, federações. Mas a posição mais
difícil será a de dirigentes que se encontram a meio da estrutura: o das
associações. Estes, além de estarem fora da família clubística, raramente dispõem
dos recursos profissionais das federações.”
Não temos
uma estrutura clubes – associações distritais/regionais – federação… E talvez
não seja por a posição mais difícil ser a dos dirigentes que eventualmente se
encontrariam a meio dessa estrutura… A existência de associações
distritais/regionais iria relativizar o trabalho e a posição (ou o poder) da
federação… por isso, talvez não conveniente… ou iria retirar o privilégio (e/ou
talvez o lucro) de certos clubes/associações organizarem os campeonatos
regionais… ou até mesmo nacionais.
Mas nessa
mesma edição desse diário, António Simões fala-nos de uma coisa existente no
futebol e que curiosamente também existe na nossa modalidade: “No futebol, às vezes, para se ganhar um jogo
é preciso jogá-lo dos pés à cabeça como se estivesse a cantar a canção do
bandido – com os jogadores (e o treinador) a tentarem, malandros e atrevidos,
enganar o adversário” (p. 36). É verdade, no “Karate” para se ganharem
alguns jogos este acabam por ser jogados dos pés à cabeça (ou da organização à
tesouraria) cantando-se a canção do bandido, não havendo tão poucos malandros e
atrevidos como isso, pois não são só os adversários que são enganados mas até o
comum dos mortais…
Repare-se no negócio montado com os cursos de treinadores (com formadores pagos e com tutores "pro bono"), com as acções de formação - mas aqui parte da culpa deve ser atribuída ao RJFD e ao PNFT - e no que se passa com as selecções nacionais.