sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mais um treino...

Hoje trabalhou-se mais uma vez na parte da manhã. Foi uma sessão consagrada a várias kata: saifa, seyunchin, shisoshin, sanseru, kururunfa, seisan, sanchin e tensho, como forma de preparação para o próximo estágio com o Sensei Onaga, a 18, 19 e 20 já do próximo mês.


Com uma ajudinha (e a boa disposição) do Sensei João Ramalho, a qual agradecemos...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As várias etapas do kumite

Estamos habituados - por uma questão de transmissão reprodutiva - a associar o significado de kumite a combate. Nem etimologicamente kumite significa «combate», nem quando efectuamos kumite estamos a realizar um combate. Literalmente, kumite significa «encontro de mãos», o que para além da distância (maai), do ritmo (hyoshi) e da leitura (yomi) do mesmo, pressupõe uma percepção espaço-temporal, uma tomada de decisão e uma execução sincrónica. Sincronia essa mais evidente no randori (estudo das técnicas com parceiro, captura do caos). Mesmo no shiai kumite (competição) não se desenrola um combate (simbolismo da acção), antes um duelo onde há contacto corporal directo, em que se tenta superar o adversário dentro de regras pré-estabelecidas, com critérios e parâmetros definidos e duplamente aceites.... tácita e normativamente.

Numa primeira etapa, o kumite é constituído por três tempos: o ataque, a defesa e posterior contra-ataque. É o kumite típico dos mais jovens e dos iniciados.

Numa segunda etapa, onde há um maior domínio técnico, coordenação de movimentos e percepção espaço-temporal mais desenvolvida e um maior domínio do objecto - o outro -, encontramos dois tempos: o ataque e a seguir a defesa e o contra-ataque simultâneos.

A terceira etapa pressupõe a adição de uma mais rápida tomada de decisão - execução da resposta, desenrolando-se toda a acção só num tempo: é a sincronia ataque/defesa/contra-ataque.

A evolução que origina uma maior e melhor leitura do kumite transporta-nos a uma quarta etapa onde se verifica a antecipação: o chamado sen-no-sen. Para além de todos os parâmetros anteriores, a velocidade, o timming e a direcção em relação ao foco revelam aqui um papel importantíssimo. A resposta total efectua-se antes de se completar a iniciativa.


Poderemos ainda considerar, embora idealmente, a existência de uma quinta e última etapa: a inexistência do combate. Adversários com capacidades e competências de tal modo semelhantes, com leituras e tomadas de decisão-acção de tal modo iguais que nenhum deles tomaria a iniciativa... Tal é no entanto mais filosófica do que desportiva, pois a mesma originaria a inexistência do vencedor no shiai kumite.

Há que treinar todas estas etapas, passar por estas etapas todas e saber "queimar" cada uma delas até se chegar à excelência. Só assim será possível, pois de contrário estaremos a fabricar "enlatados"...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

De novo entre nós... desta vez para o 8º Estágio da PGKS

É já no próximo mês que o Sensei Onaga estará de novo entre nós, para orientar o 8º Estágio Nacional da PGKS. Teremos assim a oportunidade de trabalhar com o representante da Okinawa Goju-Ryu Karate-Do Kyokai para a Europa e poder deste modo usufruir do seu conhecimento e dos seus ensinamentos.


Num horário que será aproximadamente o que se segue, foram convidas a participar nos treinos gerais a Kaizen (KKP), a Jundokan (JIP) e a Seigokan (AKSP), todos eles a realizarem-se nas tardes de 18, 19 e 20 de Março. Os praticantes do Tapada Kids e do Quinta Grande Health Club, para além de participarem nestes treinos, terão os seus treinos específicos no sábado de manhã - cintos negros e castanhos - e no sábado à tarde - todas as idades e todas as graduações. O domingo de manhã será reservado para exames de graduação.


Tal como nos anos anteriores, na cerimónia de encerramento serão entregues os diplomas a todos os participantes e serão tiradas as fotografias de grupo. Contamos com a vossa presença...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Morbilidade: física e moral (parte II)

António Simões, também na edição de hoje de «A Bola», na página 47, fala «da vergonha» deste país.

Ao revisitar a vida de Albertina Dias, de como o atletismo a afastou da miséria e de como em 1993 fez o que nunca nenhuma portuguesa fizera e nunca mais nenhuma viria a fazer: ser Campeã do Mundo.

Conta-nos António Simões de como ela se casou com o seu treinador, Bernardino Pereira, de quem teve uma filha, e de como em 2003 o cancro lho retirou. E de como aos 37 anos se atreveu a ser treinadora fazendo de Ercilia Machado Campeã Nacional...

Em entrevista, Albertina Dias declarou: – Não quero que a minha filha passe o que eu passei...

E de como decidiu leiloar as suas medalhas na net por 70 mil euros...

Custa muito. É pedaço de mim que... que... Como um rim... Mas não posso comer as medalhas... Ando a fazer limpezas em duas casas, a cinco euros à hora...

Vejam-se os comentários de alguns "ignorantes" no «Correio da Manhã» online
(
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/desporto/campea-mundial-de-corta-mato-poe-ouro-a-venda#comentarios) só porque este jornal passou a notícia que ganhava 15€ por hora... só neste país seria possível acreditar nisso... e não ver que era uma gralha!

Mas António Simões interroga-se já que “uma vez que em 2010 a Direcção-Geral de Contribuições e Impostos gastou 30 mil euros só em medalhas comemorativas do seu 160º aniversário e o Banco de Portugal 190 mil em moedas e afins - será que não há por aí organismo do Estado que compre as da Albertina e as vá depositar no Museu do Desporto?"

Ingrato país que não reconhece o ídolo que é gente e onde a morbilidade moral alastra cada vez mais...

Morbilidade: física e moral (parte I)

Ronaldo, «o fenómeno», terminou a sua carreira aos 34 anos... após oito cirurgias, lesões sucessivas e, por fim, hipotiroidismo. E terminou a carreira afirmando “tenho dores até a subir escadas”.

Cassius Clay no boxe, Tracy Austin no ténis, Charles Barkley e Pedro Miguel no basquetebol, Brian Laudrup, Matt Holmes, Roy Keane, Sebastian Deisler, Leandro Machado e Pedro Mantorras no futebol, Carl Lewis, Patrik Sjoberg, Mike Powell e Maurice Greene no atletismo, Jean-Luc Cretien e Mathias Lanzinger no esqui alpino, Cris Pringle no críquete, Karen Forkel e Jan Zelezny no dardo, Mark McGuire no basebol, Cathy Marsal no ciclismo, Kevin Everett no futebol americano – já vai longa a lista, e poderia até nunca mais acabar, daqueles que graças ao desporto são exemplos vivos de morbilidade física, pois graças a ele contrairam lesões vitalícias.

Hoje, na sua crónica semanal em «A Bola», página 40, Sidónio Serpa fala em Ronaldo, «ídolo que é gente», que foi ídolo mas que continua a ser pessoa... A imprensa que antes o glorificara acusou-o depois, com sarcasmo, de forma humilhante e impiedosa, de não ter cuidado com o peso... “Prevalecia o focus na dimensão do rendimento desportivo do jogador que já não cumpria a função, como outrora, de transmitir a imagem da perfeição fenomenal. Essa perfeição na qual se projecta o cidadão comum, incluindo os comentadores (...)”. Na sua despedida, perante centenas de jornalistas, perante todo o mundo, Ronaldo conta, chorando, como os últimos tempos foram dolorosos, com dores até quando pegava na sua filha ao colo, com dores pelo aumento descontrolado do peso devido à doença contraída. “Apesar de ter lutado em silêncio contra o sofrimento, no meio das lágrimas, pede desculpa ao presidente do seu último clube por ter falhado... E os, até então, críticos violentos que riam, faziam piadas e se zangavam, desvirtuando o profissionalismo do atleta, emudecem e choram. Não sei se de arrependimento, se levados por contágio emocional, se já com saudades da perfeição que não pode ser eterna expressão em campo da genialidade de alguns, mas pode sê-lo na memória dos adeptos. Ou se, finalmente, por tomarem consciência de que um ídolo também é gente. Que não obstante se elevar ao olimpo dos deuses por via do maravilhoso que é a expressão do seu desempenho desportivo, é frágil no seu sentir, sofre sem poder revelá-lo, absorve as críticas sem ousar partilhar pensamentos. Mas atleta é para consumo social e político, e pessoa é para morrer só, em casa, se já não se lhe reconhece utilidade”.

Sem dúvida, atleta é para consumo social e político, e pessoa é para morrer só, em casa... Garrincha, Vítor Batista...

Apesar de ter de reconhecer os dotes de Ronaldo, as suas capacidades e a sua técnica, ou seja, a sua arte, confesso que nunca fui grande fã de Ronaldo. Mas confesso também que acabei por passar a sê-lo ao ter de reconhecer a sua extrema humildade... Mea culpa!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Laurentino IVAS", de José Manuel Meirim

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Não resisto a publicar aqui a crónica de hoje no «Público» do Prof. José Manuel Meirim.

Tanto pelo seu conteúdo, como pelo seu estilo literário, vale a pena... Aqui fica!

1. A família Laurentino Dias é enorme, ou não estivéssemos perante um responsável (?) político. Recentemente, demos conta de um seu muito próximo (e querido) parente: o Laurentino IVAS.

2. Como Laurentino Dias, o nosso Laurentino IVAS é uma pessoa coerente, acima de tudo nas suas incoerências. Na oposição diz uma coisa, no Governo deste infeliz país faz outra e assim vai alternando, em espécie invulgar de bipolar, o seu viver político. O IVAS, como muitos da família Laurentino, tem sido um primor. Eis uma das suas mais recentes histórias.

3. No início de 2008, Laurentino IVAS disse que vinha aí uma decisiva medida para permitir o acesso dos cidadãos à prática desportiva: a tributação à taxa de 5% da prestação de serviços no domínio da prática de actividades físicas e desportivas (e não a 21%). Um desporto mais barato, logo, mais desporto. Mas, pasme-se, desde 2006 que a administração fiscal informava que a taxa já era essa e o Estado andava, assim, a arrecadar - indevidamente - 16% de imposto.

Todavia, ao que se soube, o preço dos serviços prestados pelos ginásios não baixou. E houve tomadas de posição, esclarecimentos e toda a banda saiu à rua. Laurentino IVAS esforçou-se (?), mas a Autoridade da Concorrência (em 2009) pronunciou-se "pela inexistência de um padrão de comportamento concertado entre os diversos operadores económicos investigados (...), não se verificando por isso elementos probatórios da existência de um entendimento concertado entre estas empresas".

4. E na confusão (de IVA) e engano do fazer exercício físico ou praticar desporto se foi vivendo - como sina deste infeliz país - até ao Natal de 2010.

5. Laurentino IVAS viu chegar um novo ano e também um novo IVA. O que já era 6% passou a 23%! Por que razão? Simples. O Orçamento do Estado de 2011 suprimiu a menção legal a "prática de actividades físicas e desportivas". A coberto da taxa reduzida ficaram agora "os espectáculos desportivos, provas e manifestações desportivas e outros divertimentos públicos". Assim, se o leitor adquirir um bilhete para um jogo de futebol, os serviços são tributados a 6%; caso entenda ir praticar desporto ou ter alguma actividade física, os dígitos são diversos, isto é, 23%. Sem tudo se tornar claro, aí temos o recente Ofício n.º 30124, do passado dia 14, da Direcção dos Serviços do IVA.

6. Só que, lá está, na sua linha de coerência bem específica, Laurentino IVAS, na Assembleia da República, em audição da Comissão de Educação e Cultura, no passado dia 25 de Janeiro, lá foi dizendo que a tributação ocorreria como em 2007 e 2008!

7. Não temos hipótese, seja Dias ou IVAS, ou IVA a dias, ou Dias com IVA.

O que há de comum entre Sidónio Serpa e Albertina Dias?


A primeira resposta à pergunta do título acima é que ambos dispensam apresentações.

O Prof. Dr. Sidónio Serpa é Doutorado em Ciências do Desporto com uma tese em Psicologia do Desporto, exerce funções docentes à largos anos na Faculdade de Motricidade Humana onde é responsável pelo Gabinete de Psicologia do Desporto, sendo também Presidente da International Society of Sport Psychology. Esteve nos Jogos Olímpicos de Atlanta e Sydney integrado no grupo de técnicos e especialistas da equipa olímpica de Vela.

Na sua crónica semanal em «A Bola» do passado dia 15, na página 31, sob o título «E depois?», o Prof. Sidónio Serpa dizia que "no príncipio era o gozo. O gozo da actividade física, do convívio com os companheiros do desporto, dos desafios colocados às habilidades, do sentir-se mais forte e resistente... Depois vieram treinos mais a sério, as competições, o sentir-se desportista como os seus ídolos." Mais adiante "eram as expectativas da família, treinadores e dirigentes, os olhares e comentários do público, as notícias dos jornais que só se interessavam pelas vitórias e criticavam sem verdadeiramente entender, o que chamavam insucessos. E havia o dinheiro que os bons resultados proporcionavam, mais os subsídios e vencimentos, mais os patrocinadores... Depois, a vida já estava dependente disso. A pressão começava a ser muito forte." E continua descrevendo a vida de um desportista de alta competição, que passa pelos Jogos Olímpicos, para quem a vida era o desporto! "Não havia algo mais... Sem se dar conta, foram os objectivos desportivos a curto e médio prazo que lhe foram determinando a vida. (...) Tinha sido levado a não se envolver noutros projectos. Nem estudos, nem profissão, nem afectivos... Agora, ao olhar para si e para a sua vida, só encontra um tremendo vazio."

E termina com o seguinte parágrafo: "os treinadores e os dirigentes, antes tão próximos e interessados, começam a não estar presentes. A imprensa e o público começam a esquecer ou a criticar, mais do que elogiar. A família continua lá, mas também perdida no meio de tudo. Afinal não entendem bem o que se passa, nem que deveriam ter ajudado a criar outros objectivos de vida. Finalmente, todas as seguranças, toda a formatação, todas as estruturas que apoiam um atleta de alta competição começam a esfumar-se. A vida tem de continuar. Mas para onde? E como?"

Apresenta-nos assim o Prof. Sidónio Serpa um produto descartável... que só tem interesse para o Estado enquanto serve, enquanto dá louros aos País... e ao Estado...

Mas regressemos ao título deste post, pois como poderemos verificar na edição do «Correio da Manhã» de hoje, na página 41, o título «Campeã põe ouro à venda» salta à vista!...

A notícia é sobre Albertina Dias...

Em 1990, no Campeonato do Mundo de Corta-Mato, individualmente, obteve a sua primeira medalha em competições internacionais. Em 1992, em Boston, conquistou uma medalha de bronze e, no ano seguinte, no Campeonato do Mundo de Corta-Mato de Amarobieta, alcançou finalmente a medalha de ouro. É esta medalha de ouro que a atleta colocou à venda, sendo a base de licitação 70 mil euros... E quais os motivos?

Transcrevendo agora, "contactada pelo Correio da Manhã, a ex-fundista não escondeu as dificuldades financeiras que atravessa. "Não posso pagar as quotas da Associação de Atletas, por isso não recebo nenhuma ajuda", explicou Albertina Dias, que está entre os cem desportistas do século em Portugal. A antiga recordista nacional, que agora trabalha como empregada de limpeza – recebe 15 euros por hora – tem-se desdobrado em contactos com a Federação Portuguesa de Atletismo, que se comprometeu a apoiá-la, mas acusa o organismo de ser pouco célere nas suas acções. "Há um projecto, juntamente com o Instituto do Desporto de Portugal e a Universidade do Porto, mas que ainda não começou. Já estou farta de promessas. Para mim, é como São Tomé: ver para crer (...)".

Pela Selecção Nacional Albertina Dias conquistou a medalha de prata nos Campeonatos do Mundo de Estrada em 1986, em Lisboa, a medalha de ouro em 1987, em Monte Carlo, a medalha de bronze em 1988, em Adelaide e a medalha de prata em 1989, no Rio de Janeiro. Nos Campeonatos do Mundo de Corta-Mato conquistou a medalha de bronze em 1990, em Aix-Les Bains, e duas medalhas de ouro no campeonato de Budapeste em 1994 e no de Ferrara em 1998, respectivamente.
Esteve também presente nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992 e nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996. Esteve presente em vários campeonatos do mundo (de Pista, de Pista Coberta, de Corta-Mato, de Estrada, de Meia Maratona), em Campeonatos Ibéricos e Iberico-Americanos, em Campeonatos da Europa de Corta-Mato e em cinco Taças da Europa.
Em Portugal, Albertina Dias foi campeã nacional de 3 mil metros em 1986, 1989 e 1991, tendo sido recordista nesta distância entre 1991 e 1994. Foi campeã dos 10 mil metros em 1993 e de corta-mato em 1995 e 1996. Além disso, foi recordista nacional dos 5 mil metros entre 1993 e 1995 e, em pista coberta, na distância de 3 mil metros deteve também o primeiro lugar do ranking nacional de 1991 a 1994.


Bendito o Estado que trata assim os seus maiores valores... mas já Camões assim foi tratado!!!

Estamos agora em condições de responder à questão colocada no título do post: nada há de comum entre estas duas pessoas do nosso Desporto, a não ser o facto de que, como homem da Psicologia que é, o Prof. Sidónio Serpa antecipou-se cinco dias sobre algo que iria vir a lume sobre Albertina Dias.

De comum, há dias e Dias...



Nota: um comentário online a esta notícia do C. M. às 13h.59m afirma que "ela foi ao Você na tv..chegou a este ponto pk o marido/treinador faleceu há 9 anos e tem dividas a pagar k n consegue suportar...os campeões dakela epoca n recebiam cm recebem os d hj...". Outro comentário, desta vez às 14h.19m refere que "A notícia fala em 15 euros quando devia dizer 5 euros."

(fotos: http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=61 e Jorge Amaral / http://www.cmjornal.xl.pt/pesquisa/albertina%20dias)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Os bons exemplos das boas práticas, devem ser aproveitados!

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A Federação Portuguesa de Rugby vai realizar uma acção de promoção e divulgação do jogo de rugby destinada a todos os Pais e Mães de jogadores e jogadoras de rugby, a qual será levada a efeito no próximo dia 26 de Fevereiro, no Estádio Universitário de Lisboa, com início marcado para as 10h15.
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Cá está uma iniciativa inovadora, um bom exemplo de boas práticas que deveria ser aproveitado para se levar a cabo a promoção e a divulgação do Karaté junto de Pais e Mães, e até restantes familiares, a fim dos mesmos conhecerem melhor a modalidade e principalmente as regras de competição e os sistemas de pontuação e de repescagem, assim como as sinaléticas dos árbitros e os fundamentos das provas de kumite e kata.

Tomaz Morais afirma hoje em «A Bola» (pág. 42), que "uma das lacunas nacionais é a falta de conhecimentos e cultura desportiva que não proporciona uma maior disponibilidade e participação dos pais na vida desportiva dos seus filhos. Ao não conhecerem a modalidade eleita, não se envolvem nem criam o ambiente favorável ao desempenho e empenho integral, tão importante ao crescimento saudável."

Mas como há falta de conhecimentos e de cultura desportiva por parte de Pais e Mães, também há uma falta de cultura de gestão, de estratégia e de organização de projectos por parte de dirigentes desportivos e de treinadores. Um dirigente desportivo pode ser um bom político e dar uma boa imagem para o exterior - the show must go on - mas se não souber arrumar a sua própria casa e orientar correctamente as suas tarefas internas virá o dia em que o show terminará em end... Um treinador pode obter constantemente vitórias sem estar a formar seres humanos e sem utilizar os métodos científicos e pedagógicos mais correctos... e virá o dia em que cairá do seu pedestal.

No seu blog (http://karateleiria.blogspot.com/), no post «Cursos da FNK-P», publicado a 13 do corrente, José Jordão ao referir-se ao final dos últimos cursos de Treinador Monitor da Federação Nacional de Karaté – Portugal afirma que "em Lisboa (...) fizeram um super turma de mais de uma centena de formandos… Quero deixar aqui uma anotação. Existiram suspeitas, isto para ser simpático e não dizer certezas, que alguns colegas aproveitaram o facto de ser muita gente e faltaram às formações, pedindo a colegas para assinarem por eles… A ser verdade, é mau! Estas atitudes de karaté não têm nada e entram num campo perigoso…" O que esperar de um futuro treinador que, a ser verdade, assim procede no seu próprio curso de formação? Que visão estratégica, científica e pedagógica existiu num curso de formação com cerca de 110 formandos?

Só mais um exemplo, talvez extremado, e também noticiado em «A Bola» de hoje, na sua última página: o ciclista Jordi Riera foi um dos detidos pela polícia espanhola numa operação contra uma organização que vendia doping a atletas. Riera, que correu o Giro em 2003, é suspeito de ter dopado um jovem de 17 anos que com ele treinava...


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um comentário de Luís Leite no Blog "Colectividade Desportiva"

José Manuel Constantino escreveu na segunda-feira, 14 de Fevereiro, um post intitulado «Discute-se muito, mas debate-se pouco» no blog "Colectividade Desportiva" (http://colectividadedesportiva.blogspot.com/), o qual merece ser lido, assim como os respectivos comentários.

Ao 29º comentário Luís Leite disse:

"O Regime Jurídico das Federações Desportivas nunca foi discutido com as Federações.
Foi imposto pelo governo PS de maioria absoluta.
Aliás, com estes últimos Governos PS, só há conversa se as Federações se portarem bem e tiverem boas ideias que possam ser "roubadas" pela SEJD.
É que as Federações são dependentes financeiramente da boa vontade dos Governos.
E os Governos, através do IDP, nunca explicaram o porquê da atribuição às Federações das verbas consignadas nos diversos Contratos-Programa.
É assim porque sim!
Eu sei disto, porque durante alguns anos fui às chamadas reuniões de negociação, em que nunca houve negociação nenhuma.
Mais, aposto que os responsáveis do IDP nunca se deram ao trabalho de ler os Planos de Actividade e Orçamento entregues pelas Federações após a respectiva aprovação em Assembleia-Geral.
A coisa funciona, pelo menos há quase uma década, num regime do tipo ditatorial: toma lá e cala-te!
Debates ou consultas prévias institucionais às Federações nunca existiram.
É
assim que as coisas funcionam.
Infelizmente.
"
(17 de Fevereiro de 2011 18:21)


Elucidativo... Mas conviria perguntar também se quem aprova os Planos de Actividade e Orçamento assim como os respectivos Relatórios e Contas nas AG das Federações os lê, de facto, e os passa a pente fino... ou se só vai à AG para levantar o braço!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Novos Corpos Sociais na Confederação Portuguesa das Associações de Treinadores - 2011/2014

Com a devida vénia, transcrevemos do site da CPAT (http://www.cpat.pt/) a notícia sobre o seu último acto eleitoral:

Realizaram-se no passado dia 29 de Janeiro de 2011 as Eleições para os Corpos Sociais de 2011-2014. A única lista candidata foi eleita com 10 votos expressos em urna e 2 não contabilizados expressos via electrónica:

• Mesa da Assembleia Geral – António Vasconcelos Raposo, Manuela Simões e Graça Simões
• Direcção – José Curado, Mário Azevedo Gomes, Fátima Monge da Silva, Alfredina Silva e Joana Carvalho
• Conselho Fiscal – Orlando Duarte, Luis Rocha e Filomena Santos

(foto:http://www.cpat.pt/index.php/pt/informacoes/noticias/102-eleicoes-2011-14)

São associadas da CPAT as seguintes Associações:

ATAP - Associação de Técnicos de Andebol de Portugal
ATAP - Associação de Treinadores de Atletismo de Portugal
APTB - Associação Portuguesa de Treinadores de Badminton
ANTB - Associação Nacional de Treinadores de Basquetebol
ANTB - Associação Nacional dos Treinadores de Boxe
APTDG - Associação Portuguesa de Treinadores de Desportos Gímnicos
ATDT - Associação de Treinadores de Duatlo e Triatlo
ANTF - Associação Nacional dos Treinadores de Futebol
ANTG - Associação Nacional dos Treinadores de Golfe
ANTHP - Associação Nacional dos Treinadores de Hóquei em Patins
ANTJ - Associação Nacional de Treinadores de Judo
ANTK - Associação Nacional dos Treinadores de Karaté
APTLA - Associação Portuguesa dos Técnicos de Lutas Amadoras
APTN - Associação Portuguesa de Técnicos de Natação
ANTREMO - Associação Nacional de Treinadores de Remo
APTR - Associação Portuguesa de Treinadores de Rugby
APTT - Associação Portuguesa dos Treinadores de Ténis
APTTM - Associação Portuguesa dos Treinadores de Ténis de Mesa
ANTT - Associação Nacional de Treinadores de Tiro
ANTV - Associação Nacional de Treinadores de Voleibol
ATV POR - Associação de Treinadores de Vela de Portugal

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Portugal no 38º Campeonato Europeu de Cadetes e Juniores e no 3º Campeonato Europeu Sub 21

Do site da FNK-P, publicada ontem, transcrevemos a notícia sobre a participação de Portugal no 38º Campeonato Europeu de Cadetes e Juniores e no 3º Campeonato Europeu Sub 21 em Novi Sad, na Sérvia:

"Foi um êxito a participação de Portugal no 38º Camp Europeu de Cad/Jun e 3º Camp Europeu Sub 21 - Novi Sad. Após a Atleta Maria Teresa Santos ter obtido a medalha de bronze em Kata Cad Fem., Patricia Cardoso já medalhada em Paris, asfaltou a estrada do êxito com a medalha de prata em Kata Jun Fem.. O atleta Filipe Reis, também com uma extraordinária presença, obteve a medalha de bronze em Kum Sub21 +78kg. Os restantes atletas honraram o Karate Português com as suas elevadas prestações.
Aos seus Treinadores, José Carvalho (NPK) e Elias Santos (LNKP), os nossos Parabéns. À Equipa Técnica liderada pelo Seleccionador Joaquim Gonçalves, as nossas felicitações pela forma como o processo tem sido conduzido e os pelos êxitos obtidos.
Finalmente uma palavra de respeito e reconhecimento aos nossos Árbitros Joaquim Fernandes, Fernando David, José Chagas, António Pula e José Garcia que deixaram a qualidade técnica das suas acções na presença em 8 finais e inúmeras arbitragens, aliás, reconhecido também pelos seus pares internacionais. O nosso Árbitro Fernando David obteve o pin de bronze pelos seus 10 anos de carreira na Arbitragem Internacional.
O nosso muito Obrigado!
"

A todos também as nossas felicitações pelo seu desempenho. Só agora, através da informação prestada, temos a oportunidade de felicitar também os árbitros presentes...

No entanto não poderemos deixar passar um reparo numa altura em que a informação é simultânea do acontecimento, numa "sociedade da informação", onde telemóveis, portáteis e internet são instrumentos mais que comuns... Este blog conseguiu noticiar as subidas ao pódio dos nossos atlertas no próprio dia em que tal aconteceu. Um organismo institucional só dois dias depois de terminado o evento dá a conhecer os seus resultados...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Acerca do Regime Jurídico das Federações Desportivas num Estado de Direito

Ontem sábado, o Prof. Dr. José Manuel Meirim, no programa "Em Nome da Lei", da Rádio Renascença, com edição de Marina Pimentel, declarou que "as federações desportivas são, hoje em dia, o pior que existe na administração pública portuguesa porque vivem com o pesadelo que vem de trás que é «nós somos autónomas, nós somos livres» e «porque de alguma forma o Estado nos sonegou aquilo que foi sempre nosso sem intervenção estatal» comportam-se no dia a dia, nomeadamente no âmbito disciplinar, o que é gravíssimo, com essa autonomia e essa independência e com esse afastar das normas públicas e dos poderes públicos e da missão pública que lhes compete." (penso ter transcrito de ouvido correctamente...).


Ontem também, Orlando Afonso, Juiz Conselheiro, publica um texto no Correio da Manhã, página 18, intitulado "Estado de Direito", que merece leitura atenta:

"
A fórmula "Estado de direito" sugere que entre o comando de quem exerce a soberania e a norma subsista uma estreita relação. Se quisermos dar à expressão "Estado de direito" um significado forte, impressivo, convém pensar numa relação empenhada entre o direito e o poder soberano: uma relação em consequência da qual a vontade soberana encontra limites não só formais mas substanciais.
O "Estado de direito" é um Estado submetido ao direito: um poder submetido à lei. E a lei e o direito não podem ser formas vazias de conteúdo ou um conjunto regulamentar de interesses contingentes de que hoje nos servimos e amanhã se deitam fora como quaisquer lenços de papel. O direito condensa, em si, valores, expectativas, visões socialmente partilhadas num determinado contexto histórico.
O poder judicial independente, num "Estado de direito", não é uma benesse do poder executivo ou do poder legislativo aos "governados". É uma exigência dos cidadãos em democracia.
Um poder judicial independente constitui uma garantia de que a lei e o direito não são meras formulações abstractas e de que nem uma nem outro são instrumentos ao serviço dos mais fortes.
Um poder judicial independente, mais do que garantir que a lei é igual para todos, tem de garantir que todos são iguais perante a lei."

Sem veleidades jurídicas, queria aqui colocar algumas questões:

1 - O RJFD é constitucional? Já foi apreciado pelo TC, ou estará para apreciação? Que instituição (ou instituições, ou entidades) tem competência para o enviar ao TC para apreciação?
2 - O RJFD é ou não uma intromissão do Estado no livre associativismo?
3 - Num Estado de Direiro deve ser a AG de uma federação a eleger o CD e o CJ?
4 - A representação numa AG de uma modalidade profissional terá de ser semelhante à representação numa AG de uma modalidade não-profissional?
5 - Das sessenta e tal federações que adaptaram os seus estatutos, nenhuma o fez contornando a lei?


Isto porque, segundo a minha modesta opinião, a lei serve para quatro coisas: (1) para ser cumprida; (2) para ser violada e aplicadas as respectivas sanções; (3) para ser contornada e (4) para ser modificada.

Portugal soma e segue: três medalhas é inédito... e é obra!

Contacto recebido em directo às 13h.58m dava-nos a conhecer que Filipe Reis, em Sub21, na categoria de Kumite +78Kgs., tinha conquistado a medalha de bronze em Novi Sad.

8-0 ao cipriota M. Ilarionos no primeiro combate, 2-0 ao bielorusso A. Grinevich, 1-0 ao eslovaco H. Jahic e eis Filipe Reis na meia-final da poule contra o croata M. Tomazin, da qual sairia derrotado apenas por 1-0.

Na repescagem, Filipe Reis impôs-se a V. Mitic, um homem da casa, por 5-4, alcançando assim o 3º lugar.


Com uma medalha de prata e duas de bronze, os portugueses não se esquecerão tão facilmente de Novi Sad nem da Sérvia.
Parabéns a todos os integrantes da equipa, mesmo para aqueles que aguardam uma próxima...

Última hora: mais uma medalha para Portugal...

Patrícia Cardoso chega à medalha de prata em Kata Junior... pois continuam a decorrer os 38º Campeonato Europeu de Cadetes e Juniores e 3º Campeonato Europeu de Sub21, em Novi Sad, na Sérvia.

Depois de derrotar a competidora da Bosnia Herzegovina A. Adilovic (Seienchin contra Jion), Patrícia Cardoso defrontou a sueca M. Karlsson opondo a sua Sepai a uma Bassai Dai e passando assim aos quartos de final. Confrontando-se com a montenegrina M. Vuksevic, a Annan da nossa competidora superou a GojushioSho da adversária, colocando-se assim nas meias finais. Aqui coube-lhe como adversária a italiana L. De Frenza que apresentou Unsu, a qual foi superada pela Suparimpei de Patrícia Cardoso.


A nossa competidora só viria a sucumbir na final, contra a eslovaca D. Balciarova...

Um resultado altamente positivo, estando mais uma vez de parabéns José Carvalho, Joaquim Gonçalves e a FNK-P na pessoa do seu Presidente, João Salgado.

Pouco faltou para se houvir o Hino Nacional... e como não há duas sem três, aguardemos por amanhã!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Finalmente... terra à vista!

No 38º Campeonato Europeu de Cadetes e Juniores e 3º Campeonato Europeu de Sub21, realizado em Novi Sad, na Sérvia, Portugal subiu ao pódio em cadetes.

A competidora Maria Teresa Santos alcançou o 3º lugar na prova de Kata. Na 1º eliminatória venceu a Escocesa K. Reid por 5-0, na 2ª eliminatória venceu a Grega M. Markopoulou por 5-0 e na 3º eliminatória venceu a Bulgara M. Hristova também por 5-0. Tendo a seguir uma adversária de peso, perdeu na final de poule por 5-0 contra M. Morata, da nossa vizinha Espanha. Na disputa da medalha de bronze ganhou mais uma vez por 5-0 a uma competidora da Turquia.

Finalmente, começa a haver terra à vista! Os meus parabéns ao treinador pessoal desta competidora, José Carvalho, assim como a toda a Equipa Técnica e, em especial, ao Seleccionador Nacional Joaquim Gonçalves. Parabéns também à própria FNK-P.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E mais outra do Correio da Manhã...

Publicada na edição de ontem na sua penúltima página, mais uma do "humor bananal" do Correio da Manhã...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Palavras do Prof. Dr. Jorge Olímpio Bento

"Não se esqueçam de que só progredimos, se crescermos por dentro, se nos carregarmos de convicções, de princípios e deveres, se tirarmos o máximo possível das coisas mínimas em que realizamos a profissão e esgotamos a vida; se nos construirmos como uma grandeza balizada por matéria e espírito, pela matéria das nossas realizações conjuntas, pelo espírito dos ideais que nos animam e congregam. O estímulo tem que nos vir da grandeza que queremos alcançar, da obra que queremos edificar, do legado que ansiamos deixar. Porque a criatura é a imagem e a medida da dimensão do criador, sejamos uma incomensurável disponibilidade!"

Palavras do Prof. Dr. Jorge Olímpio Bento na sessão comemorativa do Dia da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, realizada em 10 de Março de 2010. Palavras actuais, embora proferidas quase há um ano... E provavelmente actuais num futuro tanto próximo como distante...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Aos mais antigos... uma proposta de reflexão!

Imaginemos que somos anões e que tudo aquilo que temos de aprender, ou tudo aquilo que somos obrigados a fazer, nos é imposto por gigantes que circulam à nossa volta... Suponhamos que nos encontramos de repente mergulhados num mundo severo e rigoroso, onde temos de ter atenção a tudo e onde temos de nos concentrar nas tarefas a executar, no qual temos de realizar movimentos até então desconhecidos, alguns até assimétricos, executá-los com perfeição, memorizar sequência dos mesmos e que, ainda por cima, cada um deles tem um estranho nome...

E após estas hipóteses, não teremos acabado de entrar no mundo das nossas crianças que aprendem Karate-Do?...




Será que já equacionámos se é a criança que tem de se adaptar ao Karate-Do, ou se é este que tem de se adaptar a ela própria? Como responsáveis, poder-nos-emos limitar a transmitir a técnica?

Como responsáveis, poderemos deformar em vez de construir? Ser-nos-á permitido transmitir só conhecimentos e não criar condições que permitam a aquisição harmoniosa dos mesmos?

Estaremos a contribuir para uma formação desportiva e pessoal de futuros adultos?




Quando tanto se fala em que é necessário repensar o modelo competitivo dos mais novos, quando se aborda a problemática do ensino do Karaté às crianças, quando tanto se propala o seu desenvolvimento harmonioso e equilibrado, lembrámo-nos de desenterrar um velho texto no n.º 2 do «Sendatsu», publicado pela PGKS em Maio de 2002 e assinado por Cristina Lopes, com o título deste post e que transcrevemos dada a sua actualidade... quase nove anos depois!

Quando se fala no modelo de formação italiano preconizado por Pierluigi Ashieri, com o qual concordamos na íntegra, apesar de entre nós existirem os seus detractores, recordamos as vantagens de um modelo de ensino pedagógico e completamente cientificado. De qualquer modo, nada que há muitos anos não se fizesse embora mais empiricamente (até porque "a imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo." como disse Einstein), pois o desenvolvimento do domínio do corpo e da percepção espaço-temporal são fundamentais durante as fases sensíveis do desenvolvimento. Mas a necessária atenção também deverá ser dada ao domínio do objecto - de vários objectos ao "objecto" ser humano, companheiro e adversário - assim como à sociomotricidade (esta última com futuras implicações éticas, morais e axiológicas). Não são só as capacidades condicionais que relevam importância, mas as coordenativas e as psico-cognitivas dinâmicas também... e principalmente!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Protect Yourself From Youth

A credibilidade que Rob Redmond nos garante leva-me a trancrever o seu post de 19 de Janeiro em http://www.24fightingchickens.com/ e que aqui vos deixo:

"Instructors, beware. If you are male, and you are every in the presence of or responsible for youth, you are at risk. If you ever allow any other adults in your karate club in the presence of youth, you are at risk. Our society has lost all sense of reason when it comes to accusations, even false ones, of child abuse. Be warned. You need to take precautions, or the youth you seek to advise, mentor, and guide can be the worst enemy you’ve ever had.

Here are some recommendations for instructors to follow when allowing youth members into the karate club:

1. Never allow any adult to be in the presence of youth without another adult present as a witness (always three, never two) who can see you from where they are. No going around the corner for a one on one talk. No one-on-one talks.
2. Never allow any youth to disrobe in the presence of other adults. You need separate dressing areas or locker rooms, or you need to have people take turns using them.
3. Never put your hands on any youth for any reason unless it is your own child
4. Never send a youth out of a class to be alone in a hallway or lobby where other adults might be.
5. Never allow an adult to fulfill any sort of role interacting with youth without first running at least a local background check on them using their SSN and your police department.

I do not make these recommendations because the children are at risk from being abused, molested, or kidnapped. The chance that any youth would be harmed by any adult is astronomically low, and the stories that scare the crap out of everyone are anecdotal and rare. Out of hundreds of millions of children, a statistically insignificant number are ever at risk.

The greater possibility is that you will be falsely accused with no witness to testify on your behalf. That a parent will hear something their child says, panic, and notify authorities and begin the process of destroying your life and your reputation so rapidly and violently that you, despite being innocent of any wrong-doing, find yourself having to move to a different state just so you can find employment.

If you allow yourself to be alone with youth, or even worse, alone while changing into your karate uniform, you are setting yourself up. Protect yourself. Protect yourself from youth."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mais uma do Correio da Manhã!

Quem leu ontem o jornal «Correio da Manhã», na página 51, dedicada ao "humor bananal", deparava-se com a foto abaixo...

Será que com 13.300 Euros mensais, mais as despesas de representação de 160 mil Euros anuais (segundo Rui Santos, no jornal «Record» de 18.11.2010, p. 2), ao fim de 14 anos, ainda há a necessidade de haver mais "pirataria"?

O que me faz vir à memória Ana Bacalhau, dos Deolinda, na sua última canção, quando afirma:

"Sou da geração sem remuneração
(...)
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
"