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No seguimento da reunião realizada ontem na FMH com os tutores de Estágio do Curso de Treinadores de Karate de Grau I penso que ficou clara toda a futura conjuntura e resta-me dizer que lamento esta situação vergonhosa.
Nunca em anos anteriores se passou por isto...
Estamos a ser vítimas de uma chantagem emocional: os formandos são nossos alunos, e como tal não os vamos abandonar... queremos mais treinadores nas nossas associações e precisamos deles... e é precisamente com isso que se joga em troco de um rebuçado de créditos para o nosso título de treinador!
Mas é conveniente que fique claro que os preços dos cursos aumentaram porque aumentava a carga horária dos mesmos - e foram eles (os candidatos a treinador) que pagaram 300 Euros cada um!
É conveniente que fique claro que 160 formandos (candidatos a treinador de grau I) contribuiram com 48.000 Euros para a Federação...
É conveniente que fique claro que o IPDJ não é a entidade formadora (logo, não é este que tem de pagar aos formadores e tutores) - a entidade formadora é a FNK-P. Por isso mesmo esta recebe verbas do mesmo para a formação de treinadores através de contratos-programa.
Não se paga aos tutores? Não duvido que somos capazes de trabalhar segundo um "regime de voluntariado"... mas quando há formadores da FNK-P (os que ministraram o curso) a receberem eventualmente 30 ou 40 € por hora? Temos formadores de 1ª e formadores de 2ª!!!!!! Ou os tutores não são formadores?
Que se tome consciência de que se abriu um precedente... e que somos coniventes com ele!
Armando.
ResponderEliminarQuando no tempo das invasões francesas se deu início na FPKDA à formação de agentes de ensino (não eramos treinadores e até era tão grande a vergonha pelo termo que se usavva o termo anglo-saxónico "coach" em competição) eram remunerados os técnicos prelectores que eram não vinculados à modalidade (por razões de consciência e competência) remunerados a valores ridículos - a FPKDA tinha um tesoureiro que sabia "chorar" muito convincentemente - enquanto que as inúmeras e competentes, diga-se, accçoes de formação de arbitragem eram ministradas sem qualquer remuneração, embora pagas pelas Associações por formando. Foi assim que se conseguiu manter por quase dez anos a evolução da modalidade. Agora, paga o formando, paga a Associação, paga o Estado e, ao que sei, a última selecção nacional que foi ao Mundial de Espanha, foi à custa do dinheiro dos seleccionados, coisa que no meu tempo nunca aconteceu, dado que aceitando o princípio será sempre a selecção dos ricos e não a selecção dos melhores. Pelos vistos as coisas ainda estão piores que antes. Meu rico retiro espiritual. Não há estômago para tanto.