Alguém disse, e já há algum tempo, que vivemos na era da informação...
A televisão entra-nos pela casa dentro e nós recusamo-nos a utilizar o botão on/off... os jornais colocam na 1ª página os títulos mais sensacionalistas mesmo que os conteúdos no seu interior não correspondam aos mesmos e nós continuamos a comprar... nas redes sociais partilhamos, partilhamos, partilhamos e não nos damos ao cuidado de verificarmos a fiabilidade da informação... e assim nos vão moldando o nosso intelecto e a nossa maneira de vermos as coisas... assim nos vão formatando pensando nós que estamos a decidir pelas nossas cabeças.
E se a crítica é fácil, por vezes o elogio é mais difícil, mas necessário quando indispensável.
Vem isto a propósito de uma notícia publicada no jornal «A Bola» no passado dia 15 de Dezembro, páginas 4 e 5, numa análise do jogo Vitória de Setúbal - Sporting (Taça de Portugal). Uma notícia que informando sobre a realidade dos factos vai buscar a história para melhor podermos compreender como decorreu esse jogo. Uma notícia que recorre a metáforas para melhor percebermos por que motivos o Sporting só ganhou por um golo. Uma notícia que cita Cruyff e que vai buscar Garrincha para entendermos por que o Setúbal só perdeu por um golo. Uma notícia que revela uma linha muito ténue entre prosa e poesia...
Este articulado mostra-nos exactamente a diferença entre um jornalista e muita da escória que por aí polula tentando manipular as nossas opiniões esquecendo-se que podemos recorrer sempre a Sarte e perguntarmos o que fazemos daquilo que fizeram de nós...
Este articulado mostra-nos exactamente a diferença entre um jornalista e muita da escória que por aí polula tentando manipular as nossas opiniões esquecendo-se que podemos recorrer sempre a Sarte e perguntarmos o que fazemos daquilo que fizeram de nós...
Uma notícia assinada por António Simões, jornalista de «A Bola», que já nos habituou a um raciocínio metafórico, a uma escrita que compara o actual com o passado e que desvenda muito do desconhecido no desporto. António Simões escreve com pés de veludo e com pluma de pavão, mas acima de tudo, escreve com uma alma do tamanho de um gigante. António Simões quando escreve, escreve a negrito! António Simões (tal como nós e tal como eu) um dia partirá - espero que daqui a longos anos - mas vai deixando por cá um legado enorme. Das muitas sementes que lança à terra, algumas hão-de germinar. Outros jornalistas o acompanham... e outros jornaleiros também. Compete-nos a nós distinguirmos uns dos outros!
Entender-se-á melhor o que pretendo dizer - e o que quero dizer é: "Obrigado António Simões!" - se lermos duas crónicas deste autor. A primeira de Janeiro de 2013 e a segunda de Outubro de 2012. Aqui ficam...
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