domingo, 23 de setembro de 2012

Uma opinião sobre a ANTK - o comentário que virou post!


O que não sabe é um ignorante,
mas o que sabe e não diz nada é um criminoso.


Bertolt Brecht


Caro Inocentes e restantes treinadores, eu não quero ser criminoso!

Em meu entender o tema que levantas tem importância elevada, e deve ser tratado com a maior seriedade.

Gostaria de serenar os vossos espíritos, porque creio que alguma coisa está, ou vai ser feita, de contrário, então, “temos” dinheiro.
Antes de divulgar o que sei, penso que uma sociedade ou organização reflete o comportamento dos seus cidadãos ou associados.

Devemo-nos questionar:
1 - O que queremos?
2 - Qual o nosso contributo para chegarmos aqui? 
3 - O que podemos fazer para o nosso futuro e para as gerações vindouras?

Posto isto, passo a factos.
Quando se “constituiu” a ANTK, inscrevi-me, paguei a minha quota e a de mais sete pessoas que na altura tinham graduação superior a 3º kyu (eram meus assistentes). Essas pessoas por razões diversas deixaram de praticar karate. Alguns anos mais tarde o então, e agora, presidente da ANTK, sugeriu-me que as quotas pagas, se refletissem apenas na minha quotização. Como a ANTK se tinha constituído em conflito e nessa altura as “águas” estavam calmas, aceitei. Este ano na formação de Alfabetização Motora e Especialização Desportiva de 2/6/2012 em Pombal, o Sr. Presidente da ANTK, que estava lá, informou-me que eu era o nº 21, e que tinha apenas a quota deste ano para pagar - paguei.
Ora bem, se sou o nº 21 há pelo menos 9 anos, há no mínimo mais 20 pessoas que pagaram, ou deviam ter pago quotas todos estes anos. Pelo que conheço, o Sr. Presidente da ANTK pode ter alguns defeitos, mas é seguramente pessoa de boas contas. Então temos dinheiro. Não tenho qualquer recibo dos meus pagamentos, mas acredito que o dinheiro está lá.
É verdade as coisas funcionam de forma manuscrita, e o Sr. Presidente tinha lá algumas folhas. Mas ele tem um fixeiro da JKF GOJU KAI onde tem muito bem cadastrados os membros da JKF. Houve uma altura que algumas pessoas tinham “necessidade” de graduações, hoje mais de um milhar de treinadores tem necessidades prementes de ter uma associação de classe forte.

Parafraseando Pedro Abrunhosa, vamos fazer o que ainda não foi feito.

Embora algumas pessoas só consigam trabalhar em palco e com os holofotes virados para si, eu não me importo de ajudar nos bastidos e até de sujar as mãos. Agora que nós temos de ter uma atitude construtiva para pôr a ANTK a funcionar, lá isso temos.

Não podemos é ficar parados a apontar o que o outro não fez. Temos é de dizer o que  podemos fazer.

Por mim, creio ter sido o segundo a reunir vários estilos a competir em Portugal (da primeira vez que tinha acontecido ficaram mais divididos à saída do que estavam à entrada).
Sujeitei-me a ser raptado para se constituir a FPK ou a FPKDA (e ainda por cima o carro que me transportava deitava mais fumo para o banco de trás do que pelo escape).
Quando a FNK-P se estava a colapsar financeiramente, contribuí com um perdão de dívida de 270 contos (informando que aquele seria o último perdão).

Outras pessoas fizeram coisas muito mais importantes. Estou seguro que continuarão a fazê-lo - refiro-me concretamente ao atual presidente da ANTK, a ti, Armando Inocentes, que tens neste momento uma série de ideias para a ANTK muito interessante, e estou em crer que temos muita gente competente e de boa fé disponível para trabalhar em prol do karate em geral e da ANTK em particular. A entrada em vigor da nova lei de bases do desporto e do exercício físico vai obrigar-nos a ter uma associação de classe que funcione.

António dos Santos, 6º Dan
Treinador de grau IV
Presidente da APGKK


4 comentários:

  1. É verdade António. Um abraço. Para aí em 1985 fui com a minha equipa à Figueira da Foz, ganhar experiência numa tua competição. E correu muito bem, como corre sempre entre pessoas educadas. E sim, ficámos amigos para sempre, creio.
    Eram tempos diferentes. Hoje é o vil metal que faz correr os "cavalos de corrida".
    Nunca fui contra o progresso, mas sou contra os que dele se aproveitam em proveito próprio. Por isso nunca estive vinculado, e já lá vão 18 anos, a esta organização nascida duma "traição" às lutas do passado. Enfim, pequenos homens nunca farão grandes obras....
    Renovo o abraço.

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  2. António Santos sabe o que diz e do que fala. Botelho de Sousa também! Pequenos homens nunca farão grandes obras, mas o que é mais giro é que nunca as fizeram... Aí está o exemplo do Presidente da ANTK! Pena que tenha arrastado os outros dois elementos da direcção para este panorama.

    Um abraço aos dois!
    JA Neves

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  3. Concordo plenamente com o José Augusto! Eu escrevi no Facebook: «António Santos, um "velho" do karaté com espírito aberto que sabe do que fala...» Ora, pelos vistos, temos mais pessoas a concordarem. Quando isto acontece, é porque O REI VAI NU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Obviamente demito-o!

    Um abraço a todos!
    Pedro Correia

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  4. Agradeço as opiniões dos comentadores... outros não tiveram a coragem de aqui as colocar!

    Mas acima de tudo quero agradecer o contributo do meu amigo António Santos e relembrar um comentário seu no Facebook: O que importa é seguir em frente sem esquecer o passado e disponibilizar-se para, “fazer aquilo que ainda não foi feito”.

    Reparem na subtileza do "SEM ESQUECER O PASSADO"! Bravo António, um abraço grande !

    Abraço também ao Botelho, ao José e ao Pedro!

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