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Dois animadores de rádio australianos divertiram-se com um telefonema para um hospital... As televisões transformaram-no em "reality show"! O público riu-se!!! A enfermeira que atendeu o telefonema e transferiu a chamada suicidou-se! Os animadores foram criticados...
A 2Day FM declara: "estamos convencidos que não fizemos nada de ilegal." JUSTIFICAÇÃO errada!!! A questão é: O QUE FIZERAM CABE DENTRO DOS LIMITES DA ÉTICA E DA DEONTOLOGIA??? Os dois animadores estão a receber aconselhamento intensivo...
Miguel Esteves Cardoso escreve no «Público» de hoje (p. 53) o seguinte: "A diabolização dos dois apresentadores australianos é inaceitável. Ninguém tem culpa. Não é essa a tragédia. A tragédia é que uma pessoa se matou sem razão para se matar. Foi vítima de um princípio de honradez que ela tinha: foi pena ter sido tão honrada. Se alguém tem culpa é a curiosidade pública à volta da gravidez da mulher que casou com o filho mais velho do príncipe Carlos. A curiosidade pública é um monstro bisbilhoteiro e é muito pior do que os monstrengos que decidem ganhar a vida a saciá-la."
Foi pena? Há que ter pena de todos aqueles que cometeram seppuku (切腹)?
Pergunta-se: a "moral" australiana" é diferente da "moral" inglesa?
Nota: ontem participámos numa ação de formação em que foi abordada a ética no karate-dō... meditemos!
Acho o MEC um querido. Mas...é um menino mimado e acha que o Mundo gira à volta do seu umbigo. Não digo que não seja normal pensarmos que somos "só" o centro do Mundo, mas, cada pessoa tem o seu código de honra. A globalidade faz emergir as contradições culturais. Ponto.
ResponderEliminarAquilo que para o povo cigano é a honra para o marginal da Quinta do Conde é amendoins.
Essa mulher que se terá suicidado foi apenas vítima dos seus princípios, que honrou. E quem provocou a tragédia também não infrigiu nada. São conceitos de raça e de educações e códigos de honra diferentes.
Esta postagem responde em simultâneo à questão do suícidio pela honra...
Sensei Armando:
ResponderEliminarO facto da senhora "ter sido tão honrada" só mostra que ainda há pessoas que ainda possuem valores. Agora, não percebo é porque o MEC diz que devemos ter pena delas. Devemos é ter pena dele!
Claro que a "moral" australiana" é diferente da "moral" inglesa porque são culturas diferentes e os locutores dessa rádio não podiam prever tal desfecho, mas também não deveriam brincar com coisas sérias.
Grande abraço!
Pois é caro Armando,
ResponderEliminartrata-se da ética pública, lamentável é verdade. mas o Miguel Esteves Cardoso só tem razão em parte, é triste sem dúvida a curiosidade pública, mas quem a alimenta ? Quem despudoradamente ganha rios de dinheiro com ela? "O monstro bisbilhoteiro" é alimentado e alimente os patrões da dita comunicação social. MEC tem obrigação de saber isso, ele sabe isso, por isso para a próxima escolha outro alvo.Com tanta coisa verdadeiramente importante a tratar nas rádios e nos jornais, porque raio dedicam tanto tempo a personagens que, muitas vezes, não servem de exemplo para nada.Na verdade falta ética e valores em muitos lados.
É bom saber que já há acções de formação a bordar a ética do karate-dõ.
abraço,
Luís Sérgio
Armando,
ResponderEliminarMuito sinceramente não acredito que tenha sido só este episódio a motivar tal ato da sra. Tipicamente são muitos os factores que levam a um desfecho trágico destes. Pode ter sido o acender do fosforo, mas o barril já devia ter muita pólvora. Claro que publicamente queremos responsabilizar alguém, e sim os locutores não estarão isentos de culpa, mas não serão os únicos.
Abraço,
Fernando Gonçalves
Caro Dr. Armando, seria também útil abordar aqui os suicídios que acontecem no desporto e por causa deste. De certeza que as suas pesquisas devem possuir algo...
ResponderEliminarGrande abraço
JA Neves