sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Progressão da Hierarquia no Karate-dō.


Recebido de um amigo identificado, o que agradeço, publico o presente texto para que se possa refletir sobre o seu conteúdo!


Esta é a minha posição há mais de 25 anos. Estou a ficar cansado de tanto Dan de promoção ou liquidação total. 
E é a minha posição sobre a progressão da hierarquia no Karate-dō sustentada numa avaliação com parâmetros iguais.
Existe mais de uma dezena de estilos de Karate-dō, algumas centenas de associações de estilo e transversais e uma enorme disparidade nos critérios de graduação de todos estes cintos negros, cuja progressão deveria ser programada e aferida por um colégio de gente competente e com conhecimentos multifacetados.
É o que acontece nas Federações espanhola (há mais de trinta anos), francesa e italiana, para não falar de outras, as quais não aceitam graus atribuídos pelo exterior, para poderem harmonizar a modalidade segundo critérios a cumprir por todos. Isto para além de que a fonte de receita que os japoneses ou seus substitutos bebem , poder passar a ser federativa, remunerando ainda os membros dum eventual Conselho de Graduações. Dificuldades para montar uma organização, claro que há, mas, não é para vencer dificuldades e abrir caminho ao progresso que existem as Federações?
Em 1988 entreguei ao sr. Presidente da FPKDA um “Projecto de Regulamento de Graduações” que previa, para além de programas técnicos de exame por grau e por estilo, uma bastante equilibrada distribuição crescente de dificuldades para vencer, por forma a harmonizar essa evolução de forma justa.
Nunca nada se fez. Resultado, há gente com 6ºs e 7ºs. Dan que beneficiaram da amizade, generosidade ou outras estratégias comerciais ou políticas enquanto outros que “deram sempre o litro” não acompanharam (por exigência dos seus mestres) a harmonia que uma qualificação deve sempre conter.
A título de graça, existiam 6ºs Dan japoneses no seu estilo, que apenas eram 4ºs. Dan na Federação espanhola (que conheci bem), e, por isso, venho ressuscitar essa ideia, dado que até fico tonto, por vezes, com tanto Shian que ao pé de yondan e godan não valem um traque.
Existe ou não existe um Conselho de Graduações na FNK-P?

8 comentários:

  1. Estás de novo a pregar aos peixes???...;)

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  2. Realmente uma situação complicada. Enquanto houverem entidades financeiras ligadas de forma direta à prática, sempre pode haver certos "favores" ocorrendo. Em períodos que nada podemos fazer, o melhor é fazer nosso trabalho corretamente, colhendo os benefícios (se houverem) no tempo certo, através, de esforço e dedicação. Osu!

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  3. Caro dr. Armando, o problema é o dinheiro... quer seja por uns, quer seja por outros, o Karaté não se consegue libertar disto porque tem graduações e tem estilos! Mas se funciona noutros países, é pena que não funcione cá!

    Abraço amigo
    JA Neves

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  4. Amavelmente recebido por e-mail de autor identificado, o que se agradece, aqui se transcreve:

    "Concordo plenamente.

    Jorge Santos"

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  5. E para eliminar certas dúvidas, já que por lapso meu omiti o nome do autor deste texto (exceção para a última frase, de minha autoria), ficamos a saber que o mesmo foi escrito por Botelho de Sousa e publicado com a minha total concordância.

    O meu obrigado ao seu autor e aos comentadores!

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  6. O Karate ñ pode fugir`à "globalização" ... Resta a todos como tu ABS continuares como sempre foste. Grande abraço do VM.

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  7. Caro Armando:

    Leiga no assunto, mas parece-me que isto não se passa no Judo apesar de também ter cintos coloridos... e cintos pretos (o preto não é cor, é a ausência da luz)!

    Um abraço,

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  8. Com enorme respeito pelo amigo e companheiro de treino e estilo e doença, permito-me copiar as suas declarações sobre o tema de graduações, embora o meu enfoque seja o de que é muito diferente ser espanhol do que português. Isto para relançar o debate, aliás lançar porque todos se estão nas tintas para a independência de a Federação criar um Colégio de Graduações, dado que é mais rápido e não dá tanto trabalho ser graduado pelo Mestre da família técnica que cada um escolhe e de que cada um é "cliente" quer queiram quer não.

    Hoy salí a pasear con mi nieta Sara y he estado tomando un vino en el Fontan con Benjamin Cabañas y Jaime Reinares,viejos amigos,que son Concejal y Senador del PP.
    Curiosamente hemos estado hablando de nuestras cosas y no de política.
    Uno tiene serios problemas para criticar a los amigos,su partido político, o las circunstancias que les afectan.
    Benjamin Cabañas es el Presidente (muy bueno) de la Federación Asturiana de Karate, y me ha pedido que presente la documentación solicitando el 8º Dan.
    La verdad es que no hubiera sido 7ºDan sin el empeño de Benjamin, que a lo largo de tres largos años me pidió que presentara la documentación hasta que lo hice.
    Siento demasiado respeto por lo que significan esos grados como para menospreciarlos, y precisamente porque se lo que significan,despues de mi enfermedad y mi deterioro físico (que gracias a Dios he superado),siempre he tenido un enorme pudor en solicitarlos al no estar en una primera línea como profesor.
    Creo que la opinion de otros es mucho mas válida que la mía,y también creo haber demostrado mi desapego a esos honores o reconocimientos.
    La verdad es que es mucho mas importante el aprecio, o reconocimiento (así como su progresión) de aquellos a los que ayudas a progresar, que todos los honores oficiales que te puedan conceder,sin menospreciarlos en absoluto.Al final el cinturon solo sirve para atarse el karategui o para que no se te caigan los pantalones.
    Por eso ha sido mucho mas importante para mi,y mucho mas gratificante,el email que he recibido de Juani de Tenerife,un buen Maestro de Karate al que he ayudado en lo que he podido y sabido,que todos los honores o reconocimientos que pueda tener por mi dedicación (que nunca ha decaído) al Karate.
    Como me dijo un dia el Maestro Ken Ei Mabuni,comiendo unas costillas a la brasa en la Parrilla Buenos Aires del Naranco: No se puede hacer Karate sin sudar.
    Solo el esfuerzo,el espíritu de superación de las dificultades,la rectitud de espíritu,y el ansia de perfeccion y conocimiento ,marcan nuestra progresión en el Camino.
    Al final ,los Karatekas,solo somos eso: Caminantes.

    Falo de Ramon Fernandes-Cid - de Oviedo - 7º Dan a que abraço.

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