quinta-feira, 25 de julho de 2013

A "economia" do aproveitamento

...
A taxa de inscrição nos Cursos de Grau I de Treinador de Karate aumentaram de 100€ para 300€. Claro que se pode argumentar que a carga horária do curso aumentou... Mas um aumento de 200% não será exagerado? Ainda por cima depois de se aumentarem as quotas de praticante de 5€ para 10€?

Comparemos com outras Federações (em que os cursos possuem a mesma carga horária):

Curso de Grau I de Treinador de Hóquei em Patins - 150€

Curso de Grau II de Treinador de Hóquei em Patins - 250€

Curso de Grau I de Treinador de Basquetebol: 20 a 23 candidatos - 130 €; 24 a 27 candidatos - 120 €; 28 a 30 candidatos - 110 €

E eis aqui um aumento (ou dois!) que é igual ao IVA da restauração - aumentaram o IVA, fecharam restaurantes, a receita foi menor! Continua-se de olhos fechados em relação ao velhinho princípio da economia "vendo mais barato, mas vendo mais"! 

Aproveitamento de quem? E à custa de quem?

5 comentários:

  1. Acabava eu de comentar no post anterior que existem muitos que gravitam ao redor dos atletas e os exploram... Aqui temos um exemplo de exploração monetária. De modo nenhum se justificam os 300€ comparando com as outras federações ou com os sacrifícios que fazemos!

    Em quanto irá ficar o Curso de Grau 2? 500€? Estão a cortar as pernas a futuros treinadores.

    Estou indignado. Numa altura em que todos lutamos com dificuldades monetárias, isto é uma afronta. Eu paguei os 100€ para fazer o meu curso, se fosse agora não o poderia fazer - e não estamos a contar com alojamento, transportes e provavelmente pensão, pois poderá ser por vários sítios diferente! Eu tive de ir para Santarém - agora nem para Cascais iria! Professor no desemprego é tramado!

    Grande abraço!

    ResponderEliminar
  2. Lido por aí na net:

    Certa noite uma mulher estava no aeroporto, com um longo tempo de espera pela frente até a saída do seu voo.
    Comprou um livro, um pacote de biscoitos e sentou-se enquanto aguardava.
    Embora absorta na leitura, percebeu que um homem ao seu lado tirava um biscoito do pacote colocado entre os dois. Para evitar uma cena, ela fingiu não estar vendo. Ela lia, comia biscoitos e olhava o relógio. De vez em quando, o homem voltava a tirar um biscoito do pacote, o que a foi deixando extremamente irritada, com ímpetos de agredi-lo. Mas não fazia nada.
    Ela pegava um biscoito, ele pegava outro. Quando só faltava um, ela ficou tensa, sem saber como agir. Com um riso simpático, ele pegou o último biscoito e o partiu ao meio. Ofereceu a ela uma metade, comeu a outra.
    Ela arrancou da mão dele a metade, pensando na grosseria do homem que nem sequer lhe agradecera. Sentiu-se extremamente ultrajada e respirou com alívio quando chamaram seu voo.
    Juntou suas coisas e se dirigiu para o portão, sem sequer olhar para trás. Entrou no avião, mergulhou na poltrona e abriu a maleta para pegar o casaco.
    O susto que levou a deixou sem fôlego: ali estava ele, inteirinho, o seu pacote de biscoitos! “Se o meu está aqui, então foi do dele que eu comi, e ele nem se importou em dividir.”
    Ela daria tudo para encontrá-lo de novo, pedir-lhe muitas desculpas e sobretudo agradecer-lhe a lição.

    Eu já fiz os 4 cursos de treinador... mas sinto que alguém está comendo o meu biscoito!

    ResponderEliminar
  3. Ai o que se poderia dizer sobre tudo isso. Eu ando no desporto federado desde 1959,e, passei sempre pela fase miserável das modalidades que pratiquei. O País era e é pobre. A verdade é que nos tempos de antanho era na escola que se fomentava a prática e, nos clubes de bairro , a competição.A escola fornecia as infraestruturas, os clubes os equipamentos e o desenvolvimento competitivo e as famílias apenas contribuíam com a qualidade dos genes que tinham transmitido ao candidato a atleta. Jogava-se ao ar livre, com equipamentos muito fracos e, houve alguém em determinada altura que entendeu que a projecção dum País também se teria de fazer através da competição desportiva internacional. Inteligentemente (pensaram eles)desataram a investir na vinda de atletas de elite de outros países, que aqui vinham cobrar umas "coroas" e eram tidos como os agentes mais importantes do desenvolvimento. Mas não eram. Os atletas sabiam mais que os próprios treinadores, todos autodidactas ou antigos atletas de vulto e, assim se foi desperdiçando tempo e dinheiro. Depois de passada a euforia do 25 de Abril, entrou-se, a meu ver outra vez mal, na fase do professor de educação física, como se dizia ao tempo. Ele era formação ntécnico táctica, metodologia de treino, métodos tipo fartlek, psicologia, primeiros socorros, etc. Fiz o meu primeiro curso de treinadores em 1973, no antigo ISEF, e achei que tinha aprendido mais qualquer coisa e melhorado um pouco os meus conhecimentos sobre rendimento, descanso, carga mas, eu era o mesmo homem à saída do curso e, convencido já que o curso me tinha transformado num perito. Nada mais errado. uma década ou duas mais tarde, desporto passou a ser negócio. No meu tempo, se tivesse a ousadia de dar a minha camisola a um adepto, teria de a pagar. Joguei no famoso Sporting e fui amigo do Fernando Mamede (que "trabalhava" no jornal do clube) e vizinho do Carlos Lopes que vivia num apartamento mobildado na Reboleira. A partir daí foi sempre a crescer em despesa, em estruturas, em deslocações e em cargos políticos nas associações, nas associações distritais, nas federações, no Comit´+e olímpico, etc por aí fora. Ouvi na TV ontem que o ciclo olímpico que está em curso vai ter um apoio de cerca de 16 milhões de euros. Isso dá cerca de 4 milhões/ano. Quanto desse dinheiro vai ser gasto em deslocações de dirigentes, em estágios em lugares paradisíacos e jantaradas, prémios, prendas, ordenados até (aos dirigentes). Os atletas terão uma bolsa miserável e uma disponibilidade total. Concluindo, houve uma enorme evolução que tem vindo a ser comprada pelo Povo Português, só que quem paga não pode pagar...porque não tem. Os pais dos atletas já pagam há muito aquilo para que as verbas postas à disposição das organizações devereiam servir. O desenvolvimento da prática e a sua disseminação e extenção às populações. E poderia escrever sobre tudo isto muito mais detalhadamente. Isto foi como se diz "ao correr da pena".

    ResponderEliminar
  4. A Associação de Ténis de Mesa da Ilha Terceira vai realizar um Curso de Treinadores de Grau I, com 41h+40h+550h por... ... ... 20 Euros!!!

    ResponderEliminar
  5. Nós é que pagamos! Vem o Governo - pagamos nós! Vem a Federação - pagamos nós! Vem a Associação - pagamos nós!

    Mas afinal pagamos para quê? Era bom que esclarecessem o que justifica estes aumentos. Dizem no ofício que "apesar de não ter tido saldo negativo" (de memória). Então será para terem lucro?

    Grande abraço!

    ResponderEliminar