Quer se queira, quer não, no desporto como na vida, há limites.
Os arautos da ilusão continuam afirmando: "segue os teus sonhos, supera os teus limites!".
É-se o produto de uma educação, produto de uma reprodução social, produto de uma manipulação inconsciente... e não se é produto de uma reflexão, de uma discussão salutar, de um espírito crítico.
No desporto, repare-se na situação e no conceito daquilo a que se chama "doping". O conceito refere-se apenas a algumas substâncias incluídas numa lista que vem sendo constantemente atualizada, embora sempre com um atraso em relação ao mundo real. O "doping" anda sempre à frente dos seus sistemas de detecção. E, para cada uma dessas substâncias, está estipulado um valor limite. Se o competidor revela mais 1 nanograma da dita por litro é criminoso, é desonesto, é batoteiro... mas se os resultados das análises concluem da existência de menos um nanograma por litro em relação a esse limite o competidor pode subir ao pódio, é um campeão e por vezes é até um herói.
Numa frase atribuída a Henry Peter pode ler-se: "a educação faz com que as pessoas sejam fáceis de guiar, mas difíceis de arrastar; fáceis de governar, mas impossíveis de escravizar". Também estas palavras, tal como a lista acima referida, devem ser atualizadas. A educação - e não só a de berço - começa a fazer com que as pessoas sejam fáceis de guiar, fáceis de arrastar, fáceis de governar, e passíveis de serem de escravizadas...
A submissão, a subserviência, a passividade, a isso acabam por dar origem... e basta repararmos - observarmos, vermos - que algumas pessoas se regulam pelo que ouvem, enquanto outras se regulam por aquilo para que olham... verdades e factos são assim marginalizados... dando origem a que sofram mais com a ventura alheia do que com a dor própria...
Parabéns pelo que escreveu OSS
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