Iniciei 2010 com uma pequena inactividade deste blog. Como dizia Confúcio, “a maior glória não é ficar de pé mas levantar-se cada vez que se cai”.
Este interregno teve um motivo: no passado dia 8 terminou o prazo de apresentação dos trabalhos individuais dos formandos dos 3º CTNII e do 2º TNIII. Como tal, e embora trabalhando sobre uma planificação e periodização de treino efectuada no início desta época desportiva, estive ocupado na elaboração do meu trabalho – pesquisa, fundamentação, ilustração, redacção – para o entregar pelo menos no último dia estabelecido. Como diria Pessoa, o esforço foi grande e o homem pequeno...
Justificada a ausência, poderia começar por analisar algo daquilo a que muita comunicação social chamou os acontecimentos desportivos da década, mas a década só termina no final deste ano (mais uma vez a tal confusão matemática que houve com o final do século)...
Poderia começar por um rali que em 30 edições (o Dakar, que com Dakar já nada tem a ver), já fez 47 mortos... sendo um já este ano!
Poderia começar por mais um acto terrorista no desporto, aquele de que foi alvo a selecção de futebol do Togo (o motorista do autocarro e outros dois elementos da equipa técnica mortos) que ia participar no CAN em Angola...
Poderia começar pela petição sobre a “verdade no desporto” entregue na Assembleia da República...
Mas optei por começar este ano por outros assuntos.
Começarei pelo blog do meu amigo José Ramalho, o Goju Hoshindo (http://gojuhoshindo.blogspot.com/), onde colocou, sob o título “Continuando a nostalgia...” uma foto do seu baú de recordações (também a tinha no meu baú, já não me lembrava era do seu autor) que recentemente ofereci ao João Coutinho.
Amigo José Ramalho: só falta completares o teu post com aquela fantástica boleia (penso que também vinha o Jorge Peixoto) que me deste de Coimbra para Lisboa num Citroen 2 cavalos...
De facto o árbitro é o João Coutinho, a quem gostaria de prestar uma homenagem, dado ter sido o nosso primeiro árbitro internacional de Karaté... que por motivos que nunca percebemos não prosseguiu a sua carreira em termos internacionais. Uma homenagem ao único árbitro que me atribuiu um hansoku directo enquanto competidor. Num Campeonato Nacional, o primeiro da FPKDA, em que, só competidores de Goju-Ryu, oito foram desqualificados por excesso de contacto...
Caro João Coutinho: como prometi há um ano, no 1º Congresso Nacional de Treinadores de Karaté, na FMH, saldo agora as nossas contas – o árbitro determinou, ficou determinado... papéis diferentes dentro do tatami, mas respeito mútuo entre competidor e árbitro independentemente do acto e da decisão. O mais importante, apesar de estar um título em jogo, foi que amizade e respeito perduraram...
Foi a 30 Março de 1987, no Pavilhão do Colégio S. Teotónio em Coimbra. Classificação final dessa categoria: 1º - António Marques (LPK), 2º - Armando Inocentes (APOGK) e 3ºs - Rui Marques (APK) e Luís Ferreira (FSAM). Aqui fiz outros dois amigos (um abraço para ambos!) – o António e o Rui.
Na altura, os campeonatos nacionais eram noticiados pelo menos nos jornais “Correio da Manhã”, “O Jogo” e no então “Gazeta dos Desportos”. Agora...
Foi quase há 23 anos...
Aliás, uma das minhas fotos preferidas e que várias vezes apresentei como exemplo de ética desportiva (comportamentos que não se vêem nas outras modalidades) é aquela em que o árbitro acompanha o competidor combalido a sair do tatatmi (a sua autora, Maria Camarão, quando lho solicitei, deu-me autorização para a poder utilizar).
Aqui fica um abraço para ti, com os meus parabéns pela tua conduta e pelo teu exemplo como árbitro!
Outro assunto refere-se a um encontro casual com outro amigo, de um estilo diferente do Goju, que também vem desses mesmos tempos, da competição e dos estágios em conjunto na altura, e que encontrei no sábado passado (dia 9) no Cascais Shopping.
Um amigo que também passou pelo menos por uma direcção federativa e que me deu os parabéns pela posição que eu tomei na Federação, garantindo-me que no tempo dele já as coisas também eram assim, o problema era ninguém ser capaz de dizer o que se passava e eu ter tido a coragem de assumir a posição que assumi... Esclareci-o que não tinha estado contra ninguém em especial, estive sim contra os métodos que se utilizavam (ou se utilizam!), contra o modelo de gestão que era (ou é!) seguido...
Sabem o que ele me disse? “ – Um dia isso mudará, mas já não seremos nós a ver, serão os nossos netos!...”
Tenho esperança e desejo que ele não esteja certo!
Pois é amigo...encontraste o "fotógrafo". E a boleia no 2 Cavalos foi com o Luís Costa aquele karateka que tinha um bar em Oeiras.
ResponderEliminarBons tempos...
Um abraço