sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Acabou o Natal, viva o futebol!...

Acabou o Natal, viva o Natal!...
Acabou o Natal, viva o futebol!...
Isto porque Portugal ainda é quase um país só de futebol (no «Público», edição de ontem), portanto, viva o futebol! E o que nos vale é que "ainda é quase", pois talvez Portugal seja mais um país só de futebol... onde se fala de futebol pensando que se fala de desporto... onde, como disse uma vez Graeme Souness (e cito de memória), em Portugal todos os burros falam de futebol (ou seria de desporto?)!
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Segundo a mesma fonte, num artigo de Marco Vaza, Vicente de Moura considera que a realidade desportiva em Portugal ainda está longe do ideal e, enquanto estes números se mantiverem baixos, ficarão sempre por descobrir grandes atletas. A solução, acrescenta o presidente do COP, é começar por baixo. "Portugal ainda tem uma baixa relação entre desportistas federados e o número de habitantes. Há atletas dotados que nem sequer iniciam a prática desportiva. Tudo começa no desporto escolar. Apesar de haver maior relação entre a escola e os clubes, ela ainda não chega", conclui.
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Afinal, o que é feito, ou o que foi feito, ou o que há ainda para fazer, do protocolo entre o Gabinete Coordenador do Desporto Escolar e a FNK-P? Para que serviu, para que serve ou para que vai servir em termos práticos?
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Mais uma vez, respondam-me se souberem... ou se puderem!

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Professor de E. F. condenado - e se fosse um Treinador de Karaté?

Quase todos os órgãos de comunicação social noticiaram este mês o caso de um Professor de Educação Física de um colégio de Lousada que teve confirmada, pelo Supremo Tribunal de Justiça, a condenação ao pagamento de uma indemnização no valor de 75.624 Euros a uma aluna que, durante uma aula, ao tentar executar um «salto mortal» caiu de cabeça, sofrendo lesões cervicais que lhe causaram limitações dolorosas dos movimentos do pescoço com consequências permanentes. Ocorrido em Outubro de 2001 (a aluna tinha 15 anos na altura), nove anos depois a justiça pronuncia-se!
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Não vou discutir, e sempre segundo o noticiado, se o docente não pode efectuar a ajuda porque se encontrava a cerca de cinco metros; se a aluna não seguiu as instruções do Professor; se o facto da técnica gímnica ser obrigatória no 9º ano pode por em causa a nota da aluna ou, no caso do Professor optar por não a realizar, pode por em causa a avaliação deste; se a aluna não enrolou o corpo; se o salto foi ou não bem ensinado e preparado...
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O que vou equacionar é o que poderá contecer a um Treinador de Karaté (e foco o Treinador porque na nossa legislação não há instrutores nem mestres, logo terá de ser alguém habilitado com um curso federativo) quando dois alunos seus, em pleno dojo (ginásio), fazendo kumite (combate), um deles causar uma lesão do mesmo género ao companheiro - adversário de momento? E principalmente se ocorrer um caso deste género com praticantes menores entre as quatro paredes do dojo, sem testemunhas adultas? Acidente? Agressão com ou sem intenção? Como provar a intencionalidade se a houver? Normal no desporto? Incúria do Treinador?
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Lembramo-nos logo do «seguro desportivo»! Mas todos os praticantes o possuem? Os Treinadores conhecem as suas cláusulas? E quanto ao responsável pelas instalações desportivas, o dojo possui um devidamente credenciado e inscrito no IDP?
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Agora digam-me: um miúdo mete um mawashi geri (pontapé circular) com toda a força e sem controlo na cabeça do outro durante um treino, provoca-lhe lesões cervicais, cerebrais, queixais ou outras quaisquer, chama-se o 112, acciona-se o seguro, mas os pais seguem com o caso para tribunal porque o Treinador (e se fosse um 2º ou 3º dan sem curso de treinadores?) não acompanhou "de modo proficiente" a execução do kumite quando "tinha a obrigação de assegurar que os exercícios executados sob sua vigilância não poriam em causa a saúde dos alunos" (são palavras do acordão do caso acima referido) - quem acode ao Treinador?
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Respondam-me se souberem... ou se puderem!
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P. S. - Já agora, e sobre este tema, o Prof. Sidónio Serpa diz que, naturalmente, "sendo responsabilidade do docente tudo o que se passa na sua aula, eu gostaria de ter a certeza de que as escolas de formação cumprem integralmente a função de transmitir aos seus alunos as competências técnicas, pedagógicas, éticas e deontológicas em que se baseia o exercício profissional dos seus formandos".
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Para bom entendedor...
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domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal (parte II)...

E continuo com a excelente prosa do texto de Tomaz Morais da véspera de Natal (que, afinal, transcrevo na íntegra).


"A nossa reflexão passa pela necessidade de se criarem condições a todas as modalidades desportivas sem excepção, definindo regras, regulamentos e leis homogéneas. O grau de cumprimento tem de ser justamente avaliado por entidades superiores, não se permitindo que interesses negociais, financeiros ou de simples poder prevaleçam sobre ideais, valores e ética que se diferenciam no desporto. Mais do que aprender ou imitar outras áreas da sociedade, no bom e no mau, deve o desporto ser uma escola de vida que se distingue pela diferença, integridade e exemplo. Nele não existem raças, distinções sociais, riqueza ou pobreza, mas sim atletas, jogadores e equipas que lutam por um objectivo comum, atingível com perseverança, lealdade, partilha, superação e solidariedade.
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No seu estado puro une os povos, aproxima os vencedores e os derrotados, deixa ensinamentos, memórias e imagens que nos constroem como Pessoas. Mais do que uma competição é um fenómeno sadio, em que todos os que participam saem vitoriosos. Compete-nos a todos os que gostamos de desporto continuar a torná-lo importante e acessível, num país em que cada vez há mais campeõs!"
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Mas esta é a teoria ideológica, é o campo do ideal, aquilo que muitas vezes não acontece na realidade... Afinal, onde estão as leis homogéneas e, se não se deve permitir que interesses negociais, financeiros ou de simples poder prevaleçam sobre ideais, valores e ética que se diferenciam no desporto, como é possível existirem as perversidades que existem no seio do desporto?
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Mais uma vez se enganou o poeta:
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Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer...
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Como pode ser Natal quando um homem quiser se não conseguimos compreender que pode ser Natal quando nasce um novo Programa Nacional de Formação de Treinadores e verificamos que o panorama na nossa modalidade é o que todos conhecem? Será mesmo que todos os Treinadores conhecem esse panorama?
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Ou a época natalícia é uma altura para distinguirmos o «bem» do ««mal», o «bom» do «mau» e servirá para começarmos a agir conscientemente, ou, como Praticantes e como Treinadores, anular-nos-emos gradualmente na prática de uma moralidade de indiferença e de acomodação...
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sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal (parte I)...

Hoje é Dia de Natal!

Natal... Ontem, dia 24, Tomaz Morais brindou-nos com um excelente texto com esse mesmo título, na sua coluna de opinião no jornal «A Bola», na página 34, do qual não resisto a transcrever alguns excertos, com a devida vénia.

"Momento de pausa e reflexão no desporto português: 2010, um ano recheado tanto de bons resultados como de polémicas resultantes de políticas, estruturas e conjunturas pouco apropriadas ao fundamento desportivo.

O desporto é uma das expressões mais saudáveis e positivas do Ser Humano, permite que este cresça e se desenvolva competindo com regras, valores e princípios. O adversário, algo de singular e respeitável, é fundamental para que haja evolução e desenvolvimento na prática desportiva quer seja em treino ou em jogo. Nele aprendemos que o árbitro é um ser diferente, predisposto a fazer cumprir as leis da modalidade à qual se entrega, de uma forma ética e justa. O treinador é um líder, que não tendo condições de prática (na maior parte dos casos), ou por investimento pessoal, educa e prepara os desportistas para se realizarem e alcançarem os objectivos a que se propuseram, entregando-se à equipa e aos seus atletas. O dirigente é fundamental para abrir o caminho imprescindível à prática desportiva nas condições ideais, priveligiando a segurança e a igualdade de oportunidades. O praticante é o protagonista, para ele se orientam todos os esforços e intenções para que o desporto se torne parte integrante do seu desenvolvimento na sociedade."

Logo me lembrei de Hannah Arendt quando nos dizia que a acção corresponde à condição humana da pluralidade, "ao facto de que homens, e não o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo" sendo os fenómenos sociais e culturais - como o desporto - um produto elaborado por aqueles que intervêm na sociedade e nela operam de uma maneira activa.
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Tal como logo me lembrei da teoria do Yin e do Yang...


Mas por que motivos? Porque se de facto o desporto sempre esteve associado a um veículo educativo, cultural e formativo, o seu carácter bivalente é evidente e, nisso, a responsabilidade é daqueles que militam no seu seio.
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Afinal, parece que Ary dos Santos se enganou quando disse:
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Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
é quando um homem quiser...
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... ou talvez não, pois Natal pode ser quando um homem quiser, ou quando um homem não quiser, ou para uns sim, mas para outros não!
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... (continua no próximo post)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um Feliz Natal e um óptimo 2011!...


Aos que costuman ler este blog, a todos aqueles que comentam e aos que não comentam, aos que concordam e aos que discordam, aos que contribuem e aos abstencionistas, a todos Vós desejo um Feliz Natal e om óptimo 2011!...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Para que servem verdadeiramente as "artes marciais"?...

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Apesar do "auto-controle" e da "disciplina" serem algumas das bandeiras do Karaté e de cada estilo ter o seu próprio "Dojo Kun", e quer se encare este como «desporto» ou como «arte marcial», continuamos a verificar que esta actividade é bivalente, isto é, tanto serve para formar o carácter do indivíduo orientado por valores positivos como serve para certos indivíduos o poderem utilizar a seu bel-prazer e até com intenções malévolas...
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Convinha reflectirmos nesta época natalícia - quadra de paz e amor! - sobre o nosso papel como Treinadores, que tipo de conhecimento transmitimos e o que fazem dele os nossos alunos...
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Vem isto a propósito de duas notícias curiosamente publicadas na mesma edição do Correio da Manhã de 13 de Novembro, uma na página 18 e outra na página 33...
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Na primeira, passada em Lagos, e segundo o mesmo jornal, um jovem de 16 anos praticante de artes marciais escolheu como vítima um colega de 17. Este queixou-se e foi agredido. Está internado e em estado grave porque foi empurrado, levou um pontapé na cara e, caindo desamparado, bateu com a parte de trás da cabeça no chão. Na segunda, passada em Porto Alegre, no Brasil, um praticante de artes marciais de 23 anos partiu os braços à professora com uma cadeira e, com a vítima desmaiada no chão, socou-a repetidamente partindo-lhe os dentes...

Não sabemos qual o tipo ou género de «arte marcial» praticada por qualquer um deles... e ainda há pouco um gang desmontado na margem sul do Tejo tinha como cabeça de fila um instrutor de uma «arte marcial»...
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As três grandes questões que aqui quero colocar são as seguintes:
1º - Onde está o célebre «auto-controlo» destes praticantes?
2ª - Que papel tiveram nas suas vidas os seus Treinadores e qual a sua responsabilidade?
3ª - Como pode ser encarado pela sociedade a actividade que praticamos com notícias destas?
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Se souberem, ou se quiserem aventar hipóteses, por favor comentem...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Super Heróis

(Com copyright de António Valério, publicado por Paulo Guinote no blog "A Educação do meu Umbigo" em 13.12.2010)
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Os Professores são super heróis... e os Treinadores de Karaté também, embora só alguns o sejam, embora alguns não se apercebam disso e embora outros se estejam nas tintas para tal!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Perspectivas sobre Ética e Desporto: que verdade desportiva?

A Associação de Jovens de Alfragide "Velas da Juventude" levou a cabo ontem, sábado, a Conferência subordinada ao tema "Perspectivas sobre Ética e Desporto: que verdade desportiva?", e, considerando que a Freguesia de Alfragide comemora no presente ano o seu 30º aniversário, a mesma apoiou esta Conferência que se realizou no seu Auditório.


Os trabalhos de abertura estiveram a cargo do Dr. Ricardo Prelhaz, Presidente da Direcção da Associação, assim como da Dr.ª Beatriz Azevedo de Noronha, Presidente da referida Junta de Freguesia.

Marcada esta Conferência para um dia difícil, pois neste sábado iniciaram-se algumas festas comemorativas da época que se aproxima em escolas e colégios e nas quais, para além de estarem envolvidas as crianças também estão os seus pais e encarregados de educação, sábado também em que se realizaram muitos almoços e jantares de Natal de várias empresas e sábado em que curiosamente também se iniciaram cinco cursos de treinadores...
Mas os interessados e preocupados com esta temática responderam à chamada e compareceram, tendo participado na mesma cerca de 35 indivíduos, desde Professores de Educação Física a Treinadores de várias modalidades (onde o Karaté sobressaíu dado o apoio prestado a esta Conferência pela Kaizen Karate Portugal e pela Portugal Goju-Ryu Karate-Do Shinkokai).


A primeira intervenção, realizada pelo autor deste blog, salientou a diferença entre ética desportiva e moral desportiva, mostrando a bivalência do desporto e realçando as perversidades que neste existem: a corrupção, a violência, a fraude, o doping, a exploração infantil, a morte súbita, a morbilidade, o racismo, os actos de terrorismo e entrando ainda pela intromissão da política, da religião, da publicidade e da economia no desporto.

O debate foi aceso dada a brangência da temática, questionando-se peincipalmente quais as soluções para as problemáticas apresentadas, podendo-se concluir que o melhor contributo que se poderá dar é o denunciar todas situações que fujam a uma normalidade que se encontra regulamentada e legislada e exigir da sociedade aquilo que se exige do desporto: fair-play.

O Prof. Dr. Vítor Ferreira entrou no domínio da Pedagogia do Desporto realçando o papel dos pais, treinadores e restantes agentes desportivos, apresentando casos de comportamentos desportivos reveladores de falta de civismo mas mostrando também comportamentos dignos de realce, frisando que a ética implica o assumir de uma consciência desportiva. Reconheceu que há a subversão de alguns valores nos jovens em formação, por vezes produto da acção dos treinadores, que podem ter conhecimentos técnicos mas que sem conhecimentos pedagógicos não conseguem levar os seus atletas a obter sucesso nem a alcançar a vitória - duas coisas diferentes na sua opinião. Apresentou de seguida os resultados de um estudo efctuado sobre desportistas, droga, tabaco e bebidas alcoólicas, realçando que "não há uma pedagogia sem ética". Mais um debate animado, onde esteve presente a diferença entre alta competição e alto rendimento, a confusão entre ética e moral, os princípios que não o são só da Pedagogia mas também da Didáctica, a exploração do medo e a convivência com comportamentos inadequados.

Não teve a organização a felicidade de poder contar com a presença de António Simões, Editor Executivo do jornal «A Bola», nem os presentes a oportunidade de captarem o seu saber, dado que o mesmo só na 4ª feira anterior é que teve conhecimento que iria para o Algarve fazer a cobertura do Europeu de corta mato... António Simões iria falar sobre os meandros do doping, mas teremos de esperar pela próxima...

A última intervenção esteve a cargo do Prof. Dr. José Manuel Meirim que nos trouxe uma reflexão sobre o «caso Queiroz», expondo os acontecimentos desde o dia 16 de Maio na Covilhã e que só a 2 de Julho vieram a público (datas que penso não estarem a ser atraiçoadas pela minha memória!). Apresentou as várias fases de evolução deste processo (esclarecendo até onde os documentos conhecidos até ao momento podem ser consultados), algumas contradições ou discrepâncias existentes no mesmo, e acima de tudo deixou à consideração de cada um e de todos os presentes se tal processo teria de facto importância na luta contra a dopagem no desporto. Muitas as questões levantadas sobre este tema, às quais o Prof. Dr. Meirim foi sempre respondendo com o concreto do que sucessivamente foi acontecendo a fim de que cada participante na Conferência pudesse tirar as suas próprias conclusões e que poderiam ser diferentes das suas ou até de indivíduo para indivíduo.

Os trabalhos, que foram moderados pela Dr.ª Cristina Caeiro Lopes, terminaram com um painel final onde os presentes pouparam os conferencistas dado que durante os debates muitas das questões equacionadas foram esclarecidas.


O Dr. Ricardo Prelhaz encerrou a conferência agradecendo a participação dos conferencistas, da moderadora e de todos os participantes, agracecendo também às entidades que apoiaram o evento, tendo também apresentado os agradecimentos da "Velas da Juventude" à Faculdade de Motricidade Humana dada a relação existente entre esta e os conferencistas presentes.





Reacções posteriores, já após terminada a Conferência, e informais entre todos os presentes apontavam não para uma tarde de sábado perdida, mas sim para uma tarde (por acaso solarenga) de sábado ganha dados os conhecimentos adquiridos, as impressões trocadas, as dúvidas desfeitas, a organização impecável, o horário cumprido e, acima de tudo, aquele pequeno coffee break no intervalo oferecido pela associação, que quebrou a monotonia e que não é normal nestes eventos...

De parabéns a "Velas da Juventude", esperando que bons ventos continuem nelas a soprar...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sobre o que escrever? O que comentar?

Estranho é que este blog tenha estado duas semanas parado... quando costuma ser actualizado duas vezes por semana! Tenho estado a ver "em que dão as modas"... E tenho estado para aqui a pensar sobre o que haveria de escrever...
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Se sobre a AG de 7 de Dezembro da FNK-P e sobre o voto de louvor à Direcção (aprovado por 22 associações com uma abstenção)...
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Se sobre as duas últimas Acções de Formação (Vila das Aves e Albufeira) onde ao lado dos logótipos da FNK-P e do IDP aparece o símbolo da ANTK (a tal associação fantasma!)...
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Se sobre quem acode, ou não acode, às selecções (parte I e II)... e à resposta da AWIKP...
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Se sobre o post "Artistas Marciais" do meu amigo José Jordão...
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Se sobre o Estágio de Inverno da Kaizen que se realizou hoje...
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Mas não, lembrei-me da circular n.º 5/2010 da FNK-P, a tal que diz que "é obrigatório o preenchimento da ficha do Anexo 2" do Regulamento de Controlo de Antidopagem da FNK-P "no acto de inscrição ou revalidação da inscrição de praticantes menores na FNK-P".
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Praticantes MENORES... mas parece que, segundo ventilado posteriormente, a tal ficha será só para os que participarem em competições da FNK-P, pois todos os outros atletas menores estão dispensados da apresentação do referido documento, ou seja, podem participar noutras competições que controlo antidoping não há.
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Mas no site do IDP, de 25 do pretérito, a ADoP disponibiliza um serviço para as alterações de última hora, ou seja, "aquelas que ocorram a menos de 24 dos períodos estipulados nos formulários de localização" (que afinal, parece que não há para os menores...).
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Mas se houver, o praticante desportivo pode agora enviar pelo seu telemóvel (felizmente todos os menores têm telemóvel! Mas o telemóvel do pai não servirá? E o n.º do telemóvel está lá registado como sendo o do praticante?) uma mensagem SMS para o n.º 4901 com o seguinte "formato obrigatório: adop "Nome do praticante" - "Modalidade" - texto livre sobre a alteração".
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Resta saber se o n.º é gratuito ou, caso contrário, qual a operadora que vai lucrar com estes SMSs.
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O que parece que vai acontecer é que os competidores vão participar mais nos "campeonatos" particulares, mesmo que tendo ingerido (até sem intenção) substâncias dopantes que não haverá controlo nenhum, e cada vez menos teremos competidores menores nas provas da FNK-P para os pais não estarem a ter de preencher formulários ou a mandar SMSs.
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E cada vez o panorama será mais como no Regional Sul de Cadetes e Juniores - 5 categorias com 2 competidores e uma outra só com 1, ou no Regional Norte Cadetes e Juniores - 1 categoria com 2 competidores e outra só com 1 (escapou o Centro Sul, onde só 1 categoria teve 3 competidores)...
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E assim vamos nós, cantando e rindo...
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