quarta-feira, 21 de setembro de 2011

E se de repente…


Duda Guennes assina um conto, na edição de ontem de «A Bola», na página 35, intitulado “O dono da bola” e do qual, respeitosamente, transcrevemos a seguinte parte:

Jogavam Independente Esporte Clube, de Orlândia, e Nuporanga, da cidade do mesmo nome, interior de São Paulo, lá para os idos de 1975. A certa altura, o árbitro começou a proteger a equipa da casa, tentando desequilibrar o jogo, que estava 0-0. O jogador Otavinho, do Independente, achou que não tava legal e começou a protestar contra a parcialidade do juiz, terminando por ser expulso de campo. Acontece que tanto o apito usado pelo juiz como a bola do jogo pertenciam a Otavinho, que ao ser expulso reclamou o que lhe pertencia, tirando o apito da boca do árbitro e saindo de campo com a bola em baixo do braço.

Como não vimos nenhum “Otavinho” nos cadernos eleitorais, o que aconteceria se de repente os vários “Otavinhos” tirassem o apito e a bola à federação?

Já agora, transcrevemos o resto do conto:

Ante o final melancólico da partida, directores dos dois clubes, jogadores e torcedores reuniram-se para resolver o drama, chegando a uma solução conciliatória. Otavinho voltaria a campo, não como jogador mas sim como juiz, sendo substituído no time por um reserva. Selado o acordo, foi o juiz oficial expulso do campo e Otavinho tomou o seu lugar, apito na boca, devolvendo o esférico aos jogadores, para alegria de todos e felicidade geral dos boleiros e pedaleiros.

E se de repente os vários “Otavinhos” tomassem o seu lugar?
...

Sem comentários:

Enviar um comentário