terça-feira, 21 de maio de 2013

A pressão e a ética desportiva

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Hoje, no «Record», uma crónica exemplar de Mónica Jorge que pode ser lida aqui e nos mostra que afinal "mano, ainda há ética no desporto!" (na sequência do post anterior).



"Afinal, a ambição e a pressão de querer ganhar (seja o que for, nem que seja só protagonismo) (...) não pode estar acima da ética desportiva e dos nossos valores morais."

E se "a nossa atitude perante determinados contextos diz muito mais do que realmente somos", quase que me atrevo a substituir somente o termo «atitudes» por «comportamentos»... pois "o desporto deverá ser sempre um “educador” de valores, ideias e perfis." Deverá... mas nem sempre é!!!

Pena que não tenhamos mais exemplos semelhantes, quer a nível de praticantes e competidores, quer a nível de treinadores, árbitros e dirigentes!

Para refletirmos, termino com palavras do atual Presidente do Comité Olímpico: É falsa a tese que apresenta o desporto como algo cuja bondade é intrínseca. Apresenta-se o desporto como sinónimo de cultura, de progresso, de saúde, de educação, de fraternidade, um remédio a muitas patologias das sociedades modernas é fácil e de sucesso imediato. Por vezes, vai-se mesmo mais longe e apresenta-se o desporto como 'uma escola de vida' ou 'uma escola de virtudes'.”* Apresenta-se... e há os que acreditam!!!



*José Manuel Constantino, 2012, "O Espetáculo Desportivo no Mercado Global. A Internacionalização Económica do Desporto." Lisboa, Bnomics.

4 comentários:

  1. Caro Armando,
    obrigado pela partilha, na verdade estes é que são os bons exemplos. Se calhar o desporto tem uma ética intrínseca, ou nem por isso ? Por mim , o problema e a virtude não está no desporto, mas sobretudo em quem o dirige : dirigentes e treinadores. Em ética desportiva parece-me que não há nem boas nem más modalidades , temo sim bons ou maus protagonistas.
    Abraço,
    Luís Sérgio

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  2. Se não há regra sem excepção, esta deve ser uma das poucas excepções que servem para confirmar a regra!

    O exemplo de uma treinadora que agora é dirigente... Aqui está: a crise não é do desporto, nem das modalidades - a crise é de quem vegeta no desporto, mas principalmente dos que deixam que isso aconteça.

    Abraço amigo!

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  3. Sensei Armando:

    Quem estuda o desporto sabe que este tem sempre duas vertentes: ou promove valores e revela comportamentos éticos ou abastarda o grau civilizacional de quem o pratica - mas também há os que não praticam e estão metidos no desporto. Serão mais os exemplos positivos ou os negativos? Com a atual degradação dos padrões morais, talvez os últimos sejam superiores aos primeiros (digo eu!). Mas se ambos forem sempre divulgados talvez o tal "mudar as mentalidades" possa ter mais sentido.

    Grande abraço!

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