segunda-feira, 26 de julho de 2010

E nós aqui tão perto...


O espanhol Alberto Contador venceu pela 3ª vez o Tour de France... e repare-se que desde 2006 esta prova velocipédica tem sido sempre ganha por nuestros hermanos...

No futebol, tanto no Europeu como no Mundial, a Espanha sagrou-se campeã...

Nos últimos Jogos Olímpicos, em Pequim, os espanhóis trouxeram para casa 18 medalhas...

No hóquei em patins, apesar de nós termos 15 títulos Mundiais e 20 Europeus, a Espanha venceu os últimos 3 Mundiais assim como os últimos 5 Europeus (e já vão com 14 Mundiais e 14 Europeus, quase a apanharem-nos!)...

Rafael Nadal é o número um do ranking ATP com 8 títulos do Grand Slam, tendo ganho este ano Roland Garros e Wimbledon...

Na fórmula um, Fernando Alonso foi o mais jovem Campeão do Mundo de sempre, vencendo em 2005 e 2006...

No basquetebol Paul Gasol brilha na NBA e o Barcelona é bicampeão da Europa...

No andebol, os espanhóis foram Campeões Mundiais em 2005 e medalha de bronze nas últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos...

Até no futsal, desde que a FIFA organiza o mundial, só Brasil e Espanha chegaram ao mais alto lugar do pódio...

Em 2009, a Espanha obteve a sua primeira medalha de ouro nos Mundiais de Natação de Roma...

No Karaté, 20 medalhas de ouro em Campeonatos Mundiais, 20 de prata e 52 de bronze, com mais 3 primeiros lugares, 3 segundos e 2 terceiros no último Europeu em Atenas (e só estamos a falar de séniores)...

Hoje iniciam-se os Europeus de atletismo em Barcelona...
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E nós aqui tão perto.... por que motivo será?

6 comentários:

  1. Desta vez vou ser o primeiro a comentar - e a responder à última questão (também tenho direito!).

    1º - Estamos perto porque na Península Ibérica só há dois países!
    2º - Porque os espanhóis dormem a sesta...
    3º - Porque desde os J. O. de Barcelona, em 1992, investiram no desporto (infra-estruturas, desporto escolar, investigação universitária, etc.)...
    4º - Porque a rivalidade entre as comunidades autonómicas e entre as federações regionais aumenta a competitividade e promove a evolução e o progresso desportivo...
    5º - Porque no caso do Karaté souberam acolher Mestres como Ishimi, Hentona, Hiruma, Onaga, Fujioka, etc.
    6º - Porque não são portugueses...

    Um abraço a todos.

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  2. Não será porque a Espanha está entre as 10 nações com maior PIB. Não será por ser 3x maior em área que Portugal. Quanto aos mestres, o que é que alguém como o Hiruma têm a ver com rendimento desportivo de Alto Nível. Além disso a Portugal também ele vem. Isto quer dizer o quê que Portugal teve maus mestres a orientar os fundadores do karaté nacional? Sei lá, Harada, Murakami, Enoeda, Myazaki, Suzuki.



    Maria Camarão

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  3. Obrigado pelo seu comentário.

    Quantos países da Europa não possuem Mestres japoneses neles radicados? Pelo menos o nosso é um deles. Na década de 70, quando se fazia a implantação do Karaté entre nós em que é que se apostou? Na politiquice do estágio: vem cá um mestre, debita os seus conhecimentos, treinam-se os mesmos durante um ano - com consequentes degenerescências - e no ano a seguir torna a vir e a ir, a vir e a ir... Aqui começámos logo a perder em relação aos nossos vizinhos...
    Os «dinossauros» da altura não tiveram audácia, não houve hipóteses, ou não houve condições? Nessa altura talvez fosse necessário - veja-se o caso do Judo - para uma maior e melhor disseminação do Karaté, fosse qual fosse o estilo...

    O que se faz actualmente? A politiquice do estágio agora tráz cá "o craque", nós pagamos, e a situação é reprodutiva!...
    Felizmente alguns de nós já começam a ir lá fora mais vezes nos «entretantos» para se actualizarem ou para consolidarem os conhecimentos que vão adquirindo.

    Claro que os daquela altura não eram nesse tempo necessários para o "rendimento desportivo de Alto Nível" actual, até porque temos, mesmo entre nós, pessoas com competências no campo da formação, da especialização e da alta competição... Temos entre nós pessoas que já se dedicam à investigação e à experimentação... É só uma questão de audácia, de hipóteses e, mais uma vez, de condições... Se lhes derem espaço e tempo, talvez os resultados comecem a surgir...

    Cumprimentos.

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  4. Desculpe Armando ou não o compreendo ou não concordo de todo com as suas posições. Parece-me que o sucesso a que se refere está a ser medido pela bitola das medalhas oficiais, se não perdoe-me. Os espanhóis têm sucesso porque têm condições sócio-economicas para o ter. (sucesso desportivo).
    Não percebo porque contesta a "politiquice" dos estágios. Ir lá fora ou mandar vir não vai dar ao mesmo?

    De qualquer forma, como o Armando diz, "há pessoas a saberem tudo e outras a não saberem nada" por isso não me admiro que não esteja a entender bem o que diz.

    cumprimentos,

    Maria Camarão

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  5. Peço desde já desculpa por este comentário dirigido a si Maria Camarão, uma vez qua ainda não tive o prazer de a conhecer mas, parace-me de facto que não deve estar a "entender bem o que diz" o Armando...
    Senão, vejamos:
    -se se estivesse a usar a bitola das medalhas oficiais ainda estaríamos mais aquém do que estamos dos espanhóis;
    - se contarmos a medalhas não oficiais (seja lá o que isso for), ainda pior!!!
    Logo, nós continuamos com pensamentos e horizontes pequeninos e mesquinhos, a vitimizarmo-nos porque só conseguimos conquistar até ao Algarve e ficarmo-nos por aí, depois de perdermos todo o império que detinhamos (mas isso já são outros quinhentos!).
    Se calhar os "fundadores" do karate nacional é que não souberam aprender com os Mestres...
    É preciso pensar grande, para se ter e ser grande...
    Enfim, é tão só e apenas um desabafo e por isso vale o que vale!

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  6. Caro Armando !
    Como diria o outro, tão perto e tão longe.
    Na verdade,na maior parte das vezes, sem quantidade não há qualidade. Infelizmente, nós não temos nem quantidade nem qualidade. A falta de quantidade supera-se com boa organização, boas políticas e vontade de vencer.
    Onde está o trabalho de base, pensado e orientado para a quantidade e para a qualidade.
    Que dirigentes temos? Quais os seus projectos, que fins e desígnios perseguem.Os de um país desenvolvido e de progresso ou de um país dependente, mesmo economicamente, cada vez mais dependemos de Espanha.
    Desportivamente falando, investimos tudo ou quase tudo no futebol, idolatramos futebolistas da treta e o resto. Pois é, o futebol gasta milhões, muitos milhões, muitas horas de jornais e telejornais e digam-me , quantos campeonatos do mundo e europeu já ganharam as alimárias que esbanjam o nosso dinheiro. Pois, que me lembre, a nível sénior nem um para amostra. E, entretanto, os cristianos andam nas primeiras páginas como exemplo de vida e virtude para os nossos jovens.
    Há pelo menos uma coisa em que somos campeões ibéricos : a pobreza de espírito.
    Não me refiro ao que se passa no karaté, porque a nível federativo há pouca informação.

    Grande abraço,
    Boas férias

    Luís sérgio

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