“Há três pessoas detidas há mais de dois dias e que devem ser hoje presentes a um juiz de instrução por causa de fraude nos exames finais do Secundário em França. Foi descoberta uma fuga de informação sobre a prova de Matemática, a que se submeteram perto de 165 mil jovens, e de imediato o respectivo ministro da Educação apresentou queixa na Justiça. Ao mesmo tempo, anulava a classificação do problema que valia quatro valores em 20 do total do exame.” Isto diz-nos na edição de hoje o redactor principal do «Correio da Manhã», João Vaz, na página 2.
Compare-se o tipo de medidas usados em França – alunos do secundário – com o recente caso de futuros magistrados passado em Portugal. Numa primeira fase o Centro de Estudos Judiciários decide atribuir nota 10 a todos os alunos. A seguir, o Conselho Pedagógico do CEJ resolve anular o exame de Investigação Criminal e Gestão de Inquérito e e repetir o mesmo. Depois assistimos à demissão da Directora do CEJ...
Algumas observações:
1º - quem copiou vai ser futuro magistrado – logo, mande-se a ética e a moral à fava, às urtigas...
2º - as sucessivas "punições" aplicadas aos futuros magistrados são uma farsa – copie-se, se se for “apanhado” o teste é repetido...
2º - se ouve copianço, há os que copiaram, os que não copiaram e os que deixaram copiar... e meta-se tudo no mesmo saco! Apure-se quem teve responsabilidades (copiando e deixando copiar) e puna-se – como em França! Ou será que "futuro magistrado" em Portugal é menos que "aluno do secundário" em França?
3º - como provavelmente ficaremos só por uma demissão, no futuro, futuro magistrado que copie sem ser “apanhado” está a cometer uma fraude, que é crime, mas que compensa...
Um caso de justiça! Ou não?...