Exactamente há um ano faleceu o escritor João Aguiar. Aqui demos notícia dessa perda...
Pouco tempo antes tinha escrito que "o hiper-liberalismo em voga conseguiu algo que nem o velho liberalismo económico lograra: os trabalhadores por conta de outrem perderam o estatuto de indivíduos - perderam a própria alma, transformaram-se em Unidades de Trabalho, como tal descartáveis sempre que a conjuntura o recomende."
...
Infelizmente o João Aguiar tinha razão. Cada vez mais descartáveis, cada vez mais, meros números, estatística , para servir alguns. cada vez mais uma vida negada, cada vez mais roubados, cada vez mais atirados borda fora, para alguns, poucos enriquecerem muito mais.
ResponderEliminarEsperemos que se indignem, já dia 5.
Grande abraço,
Luís Sérgio
Recordo-me de “A Voz dos Deuses”, de João Aguiar.
ResponderEliminarNa contra-capa do livro lê-se que entre 147 e 139, Viriato derrotou sucessivos exércitos romanos, levou à revolta grande parte dos povos ibéricos e foi o responsável pelo início da célebre Guerra de Numância.
Viriato foi um verdadeiro génio militar, político e diplomático. Mas, sobretudo, Viriato foi o defensor de um mundo que morria asfixiado pelo poderio romano.
139 foi o ano em que Viriato foi assassinado...
Já naquele tempo era assim: quando a conjuntura o recomendou, Viriato foi descartado!
Antes, como agora...