segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Armstrong: Herói ou Vilão? - por Lídia Peralta Gomes

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Fantástica a crónica de Lídia Peralta Gomes na edição de hoje do «Record», na sua página 2, intitulada "Herói ou Vilão", a qual, porque vale a pena ler e comentar, com a nossa reverência transcrevemos na íntegra.


A DECISÃO DE ARRANCAR A LANCE ARMSTRONG OS TÍTULOS NO TOUR NÃO É LÍMPIDA. 
A DESISTÊNCIA DO NORTE-AMERICANO TAMBÉM NÃO.

(Foto: Reuters, Record, 27.08.2012, p. 2)


No verão de 1999 estava prestes a fazer 12 anos e tinha três meses de férias. Foi assim até 2005, ano em que entrei para a faculdade. Durante esses sete anos abdiquei de estar com os amigos, de ir à praia, enfim, tudo aquilo que os miúdos fazem nas férias.

Tudo para ver Lance Armstrong a subir o Alpe d’Huez, o Hautacam e o Galibier, para ver o norte-americano a passear-se de amarelo nos Campos Elísios, permanentemente a tremelicar de emoção por sentir que, sim, estava a ver a história a desenhar-se à minha frente. Nós, mais novos, somos mesmo assim, precisamos de heróis como de pão para a boca.

Agora sei que, muito provavelmente, todas essas tardes fechada em casa foram tempo perdido. Muito provavelmente porque, sem confissão cabal por parte de Armstrong ou sem a divulgação pública de provas concretas, podemos optar por confiar na agência norte-americana antidopagem (a já célebre USADA) ou não. O processo é, no mínimo, nebuloso. Por um lado, o texano é condenado tendo por base testemunhos de um grupo de ex-colegas, gente da credibilidade de um Floyd Landis ou de um Tyler Hamilton, a quem foram oferecidos acordos que, diz-se, envolveriam penas de suspensão por doping substancialmente mais leves e a possibilidade de não terem de devolver todos os prémios monetários ganhos ao longo da carreira. E, oficialmente, continua a não existir uma amostra positiva que prove que Armstrong andou todos estes anos a brincar connosco.

Por outro lado, não será este "baixar de braços" justificado com "cansaço" (!) quase uma declaração de culpa? Face a acusações tão atrozes, capazes de deitar por terra a mais bonita história do desporto, não seria lutar até ao fim a única opção? Principalmente quando estamos a falar de alguém que desafiou as estatísticas e venceu um cancro quando tinha menos de 40% de hipóteses de o fazer? Estranho.

Esperemos então pacientemente pelo veredicto final da UCI, única entidade que pode retirar os 7 títulos no Tour a Lance Armstrong, confirmando a decisão da USADA, que à luz dos regulamentos é discutível. Mas nada vai evitar que para sempre o Planeta fique dividido em dois: entre os que acreditam que Armstrong é um dos maiores campeões do desporto mundial e os que creem que é uma grande fraude. De que lado é que eu estou? Confesso, ainda não sei. Não sou ingénua ao ponto de pensar que o Mont Ventoux se sobe com bifes e esparguete, mas também sou partidária daquela máxima postulada por S. Tomé: ver para crer.

domingo, 26 de agosto de 2012


The Power of Karate Comes From the Brain

Brain scans of karate experts show that there are subtle differences in certain areas of brain that probably enables them to punch harder from a very close range.

Publicado na «Medical Daily» a 15 do corrente e da autoria de Amber Moore, pode-se (e deve-se!) ler aqui.

Responsabilidade desportiva - por Fernanda Palma

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Com a devida vénia, transcrevemos a crónica de hoje de Fernanda Palma, publicada no Correio da Manhã, na sua página 14, intitulada «Responsabilidade desportiva». Porque interessa a todos os que se interessam por desporto...


Entre a responsabilidade desportiva e a responsabilidade penal existe uma fronteira qualitativa que, por vezes, se revela imprecisa. Os comportamentos adotados pelos atores desportivos no decurso das provas ou em seu redor atingem, com frequência, um nível de veemência física que invade o espaço de liberdade e segurança dos adversários.

A responsabilidade penal começa quando uma prática não se configura como mera violação das regras desportivas, por ser grosseiramente lesiva e inadequada. Por exemplo, no pugilismo, os murros na nuca são proibidos, mas não implicam, em regra, responsabilidade penal. Mas uma dentada na orelha (como foi dada por Tyson a Holyfield) já é ofensa corporal.

É certo que o Código Penal não traça a fronteira entre condutas aceites ou toleradas na atividade desportiva (ainda que violadoras das regras do jogo) e comportamentos que devem ser considerados ofensas corporais, à partida simples, puníveis com prisão até três anos mediante queixa. Têm de ser as representações sociais a fornecer esses critérios de adequação.

Um critério possível atende ao conjunto de condições de que depende a prática desportiva. Se no futebol, por exemplo, se considerasse ofensa corporal o vulgar empurrão ou a rasteira, tornar-se-ia inviável o próprio jogo tal como hoje o conhecemos. Só haverá aí ilícito desportivo. Mas nada impede a intervenção do Direito Penal se um jogador esmurrar outro.

As ofensas corporais são pois delimitadas, naqueles desportos que se praticam através de jogos ou lutas, por critérios de adequação social que abrangem não só as práticas permitidas pelas regras do jogo, mas também aquelas que estão próximas e representam riscos típicos da atividade desportiva. Trata-se de riscos que os intervenientes aceitam presumivelmente.

Uma questão que foi suscitada pelo recente caso de Luisão é se, no relacionamento entre atletas e árbitros, valem também certos critérios de adequação. Embora a margem de tolerância seja menor do que na relação entre atletas em competição, a resposta é positiva. Há casos em que a responsabilidade pode ser restringida ao plano puramente disciplinar.

A existência de dolo (ofensa ‘voluntária’) ou negligência grosseira, a gravidade da ofensa e os motivos e fins do agente, no contexto da situação concreta do jogo, são elementos de que depende a afirmação da responsabilidade penal. No caso de esta existir, será cumulável com a responsabilidade disciplinar, por ter sido praticada uma infração desportiva.


sábado, 25 de agosto de 2012

Uma reflexão sobre os resultados nacionais em Londres 2012

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Passou a euforia... passaram os aplausos e as críticas... arrefeceram os ânimos...

Por isso mesmo uma última reflexão, esta sobre os resultados nacionais nos J. O. de Londres 2012, conforme o prometido!

De um lado os que argumentaram que os portugueses sofrem de falta de cultura desportiva - quem o afirmou saberá quantos buracos tem um campo de golfe? Ou as medidas de uma baliza de futebol? Ou quem foi Oscar Schmidt? - de um outro lado os que afirmaram que esta delegação portuguesa foi a melhor preparada de sempre, os que afirmaram que o desporto português está obsoleto... ou ainda os que disseram que aos portugueses faltou o querer, o treinar e o vencer...

O que é certo é que se falou muito nos diplomas... depois falou-se muito numa medalha de prata... 

Uma comitiva com 77 competidores - mas nada se disse quanto aos restantes números do staff... quantos dirigentes, quantos fisioterapeutas, quantos treinadores, quantos psicólogos (terá ido algum?)... ou quanto se gastou... ou qual os montantes com que contribuíram os patrocinadores (EDP, Continente...)!

Certezas ficam: nós é que sustentamos aqueles que foram a Londres... quando pagarmos a luz ou formos ao hipermercado...

Certezas ficam: atletas tratados de maneira diferente... os que perderam e ficaram lá, os que perderam e tiveram de vir embora... quem ficou, ficou à nossa custa (e os argumentos que sustentam essa tese são discutíveis!).

Um só exemplo, que tive a oportunidade de constatar, e que deixo para reflexão: a Irlanda tem  cerca de 6 milhões de habitantes, Portugal cerca de 10 milhões... A Irlanda levou 54 competidores, Portugal 77... A olho nu, proporcional! Mas a Irlanda levou para casa 1 medalha de ouro, 1 de prata e 3 de bronze...

Mas o mais curioso é que tanto os medalhados como os restantes irlandeses foram tratados de maneira igual, na vitória e na derrota!


(Foto: Armando Inocentes)


Estamos em crise mas houve dinheiro para Londres! Justificou-se irem atletas só para "rodar"? Talvez sim, talvez não...

Enquanto o governo inglês aproveitou logo as primeiras medalhas para apresentar um discurso sobre o desenvolvimento do desporto escolar, o que aconteceu cá? Anunciou-se em plenos Jogos a perda das bolsas dos atletas tal como se anunciou a redução da carga horária de Educação Física nas escolas...

Criticar os atletas? Se deram o seu máximo na preparação e nas provas, não é merecido mesmo que tenham sido derrotados... Mas se foram passear, sim, critiquem-se estes mas também quem os levou a Londres...

Não temos uma base que sustente a pirâmide? Não, nem parece que a venhamos a ter... O desporto escolar não pode resolver tudo... clubes e federações têm as suas responsabilidades...

Agora, durante quatro anos, façamos umas sardinhadas, bebamos um penaltis, discutamos o futebol e... estaremos prontos para os próximos J. O. - estaremos cá para pagar de novo!

"A única competição que verdadeiramente importa é a próxima. A anterior já é uma medalha na vitrine ou na gaveta, ou no baú."* Atrevo-me a acrescentar - HOJE! Aguardamos os resultados dos paralímpicos e a visibilidade que terão...

* Bernardinho, 2007, "Cartas a um Jovem atleta: determinação e talento, a caminho da vitória", São Paulo, Ed. Campus/Elsevier, p. 90.

Nota: já agora, sabem quem foi Bernardinho?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Portugal: o rescaldo dos J. O. Londres 2012

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A comunicação social, hoje, dá-nos conta que o investimento do Estado português na preparação e participação nos Jogos Olímpicos Londres 2012 ascendeu a 15,1 milhões de euros e resultou na obtenção de uma medalha de prata, a "mais cara" das últimas três edições, numa contabilidade simplista.

Nos Jogos que ontem terminam, a Missão de Portugal totalizou 28 pontos, tal como em Pequim 2008, resultantes das 10 posições de finalista alcançadas: uma medalha (7), dois quintos lugares (8), dois sextos (6), dois sétimos (4) e três oitavos (3).

Mais uma vez numa aritmética simplista, sem correspondência direta com a realidade, Portugal investiu uma média de 196 mil euros por cada um dos atletas presentes em Londres 2012, ao longo de quatro anos, aproximadamente seis vezes menos do que a anfitriã Grã-Bretanha, um dos "gigantes" dos Jogos.

Comparando com todos os países da Europa, que não só os da União Europeia, Portugal não escapa à parte final da tabela, ficando no mesmo patamar que Chipre e Montenegro. Sem medalhas, só Áustria, Albânia, Malta, Luxemburgo, São Marino, Islândia, Lichtenstein e Ilhas Feroé.

Portugal “perde” para todos os países de população idêntica (aproximadamente com 10 milhões de habitantes), nomeadamente para a Hungria (9,9 milhões e 17 medalhas), Bielorrússia (9,4 milhões e 13) e Suécia (9,4 milhões e 8).

Fica também atrás de países com cerca de metade da sua população, como a Dinamarca (5,5 milhões e 9), a Irlanda (4,5 milhões e 8) ou a Noruega (5,0 milhões e 4), ou francamente mais pequenos, como Estónia (1,3 milhões e 2), Eslovénia (2,0 milhões e 4) ou Croácia (4,2 milhões e 6).

Na Europa, numa classificação ponderada de população (população por medalha), Portugal só supera a Turquia - país que teve cinco medalhas e tem 74,7 milhões de habitantes, o que dá uma média de uma medalha por 14,9 milhões. No topo da lista, a Eslovénia...

Bravo, Portugal!!!


(Fontes: sapo.pt e desporto.publico.pt)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Londres 2012: o que se recordará? (4)

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Recordar-se-ão as medalhas... porque a meritocracia impõe essa medida! Há quem defenda que a cultura desportiva de um país se vê pelo número de medalhas ganhas em J. O., campeonatos mundiais e afins... Ora, ontem nos J. O., o "medalheiro" dava para a China 36 medalhas de ouro, 22 de prata e 18 de bronze, dando para os USA 34 de ouro, 22 de prata e 24 de bronze. Se o índice mais importante for as medalhas de ouro, teremos a China em primeiro lugar... se o índice a ter em conta for o número de medalhas, teremos os USA (80) em primeiro lugar e a China em segundo (76)... se atribuirmos peso 3 às medalhas de ouro, peso 2 às de prata e peso 1 às de bronze teremos ambos os países empatados (170 "pontos")... 

Logo, tudo depende do critério a ter em conta!!! Para que serve o "medalheiro"? Por que não um medalhário?

Hoje o "medalheiro" já dá 39, 25, 26 para os USA e 37, 24, 19 para a China... ou seja, 90 - 80...

Por que não contar o número de competidores de cada país e relacioná-lo com os resultados? Comitiva grande tem mais hipóteses de medalhas? Deverão participar todos os atletas que atingiram os mínimos nem que seja para "rodarem"? Economicamente não deverão participar só os que têm mais possibilidades de alcançar o pódio? Os "wild cards" terão a sua razão de ser? 

QUAL O MOTIVO DESTAS QUESTÕES? 

Granada tem apenas nove atletas a competir em Londres. Kirani James, de 19 anos, vencedor dos 400m em atletismo com 43.94 segundos (campeão do mundo em 2011 em Daegu) representa este país... e é a sua única medalha de ouro! 

A nossa comitiva tem mais de 70 competidores e (só) tem uma medalha de prata... mas se contabilizarmos os "entre os 8 primeiros" estaremos à frente de Granada...

Mas Granada aparece em 41º lugar e Portugal em 58º no "medalheiro"...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Segue o teu sonho...




Em tempo de Jogos Olímpicos, nada mais apropriado do que seguirmos os nossos sonhos... até porque, como diria o poeta,  o sonho comanda a vida. "Segue o teu sonho", na caligrafia de quem foi um grande Mestre da Okinawa Gōjū-Ryū Karate-Dō Kyōkai (沖縄剛柔流空手道協会), Miyazato Ei'ichi (宮里栄一) Sensei.



Fonte: Michael Clarke, 2011, "Shin Gi Tai - Karate training for body, mind and spirit", Wolfeboro N. H.,YMAA Publication Center.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Espírito, técnica e corpo...

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Com a devida vénia, de Joséverson Goulart em 日本故知 - "A sabedoria antiga japonesa" -, transcrevemos o seu  post intitulado "SHINGITAI".



Shingitai é uma expressão composta por três ideogramas:


SHIN - Espírito.
GI - Técnica.
TAI - Corpo.

Antigamente era possivel encontrar esta expressão em pergaminhos (Kakejiku) pendurados em Dōjō e o seu significado indicava os valores - hierarquicamente do mais importante ao menos importante - aos quais deveria ser dado mais importância no treino de um guerreiro.

Assim, o treino espiritual vinha em primeiro lugar, o treino técnico em segundo lugar e o treino do corpo em terceiro lugar.

Outra interpretação fala da faixa etária: "Quando somos jovens, devemos ter um corpo forte, quando somos adultos devemos ter uma técnica forte e quando a idade chega devemos ter um espírito forte."


Não vou entrar no mérito da questão a respeito de como é feito o treino espiritual porque isto depende do contexto, da escola e de quem ensina.


NOTA: Sobre o tema, recomenda-se também a leitura do texto de Denis Andretta em karatedo-net.blogspot.pt.

domingo, 5 de agosto de 2012

Londres 2012: o que se recordará? (3)

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Já não temos mais dúvidas: Londres 2012 será recordada pela vitória de Usain Bolt na final dos 100 metros, com o tempo de 9,63 segundos, novo recorde olímpico e a segunda melhor marca de sempre (claro que a primeira também é dele!)... para além das 22 medalhas de Phelps... e da participação de Oscar Pistorius nos 400 metros...

E não, não vamos ainda abordar os resultados nacionais, pois vamos esperar pelo final - só disso veremos o que será recordado após a cerimónia de encerramento.

Mas não podemos deixar passar um facto mais importante que uma medalha... mais exemplar que a obtenção de um diploma... e que se recordará, seja qual for o resultado amanhã nos 3000 metros obstáculos femininos!

Clarisse Cruz, que caiu logo no início da prova de 3000 metros obstáculos, soube levantar-se e continuar... soube sofrer e lutar… e acabou por ser quinta na segunda série, com 9m 30,06s, tempo que bate por quase dez segundos a sua anterior melhor marca (9m 40,30s) apesar do desaire.

(Foto: David Gray/Reuters, in publico.pt)

Clarisse não é profissional como as suas adversárias: trabalha oito horas por dia na Câmara Municipal de Ovar. 

E mesmo assim Clarisse qualificou-se (ontem) para a final… Amanhã estará a competir!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Londres 2012: o que se recordará? (2)

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Rendemo-nos às evidências: Londres 2012 será recordada pelas 19 medalhas de Phelps...

Mas, mais uma vez, também por alguns motivos caricatos...


1. O treinador de vela da Coreia do Sul, Lee Jae-cheol, regressou a casa mesmo antes do início dos Jogos após ter sido interceptado pela polícia britânica a conduzir embriagado...

2. O futebolista suíço Michel Morganella foi o segundo atleta olímpico a ser dispensado da respectiva comitiva por comentários xenófobos numa rede social...

3. Quatro duplas femininas de badminton foram excluídas depois de terem gerido os seus jogos de maneira a encontrarem a seguir adversárias mais fracas...

4. O selecionador feminino do Japão deu instruções às suas futebolistas para evitarem o triunfo frente à África do Sul (resultado final 0-0). Norio Sasaki disse em conferência de imprensa que não queria que a sua equipa jogasse na Escócia (o que aconteceria em caso de triunfo), onde teria de disputar os quartos de final...

5. O pugilista angolano Tumba da Silva foi impedido de competir porque o seu treinador se esqueceu da pesagem...

6. No halterofilismo Zulfiya Chinshanlo venceu a categoria de 53Kg. Segundo uns, a atleta nasceu em Almaty e competiu pelo Cazaquistão... Segundo outros, é chinesa, chama-se Zhao Changling, se é do Cazaquistão mudou de nacionalidade e deveria ter esperado, como dizem os regulamentos, três anos até poder competir pelo novo país. O que é certo é que no pódio cantou o hino do Cazaquistão!


Desaparecem as "Shitei Kata" da competição?

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Jesse Enkamp anuncia no seu blog (Karate by Jesseo fim das "Shitei Kata", afirmando que finalmente vão desaparecer de cena dos campeonatos da WKF...

Embora não tenhamos nenhuma confirmação oficial sobre o assunto, a credibilidade que nos merece Jesse Enkamp leva-nos a aplaudir esta medida. Primeiro, porque cada Kata é específica do seu próprio estilo. Segundo, porque certos competidores - principalmente a nível de alta competição - tiveram de aprender a executar as Kata de outros estilos, com todas as implicações daí provenientes. Terceiro, porque standardizar aquilo que é um legado é abastardar um pouco o Karate-Dō. Quarto e último, porque a nível dos escalões mais jovens, uma progressão técnica racional no treino da Kata não os leva a atingir o seu verdadeiro significado - e aqui refiro-me principalmente às Kata de Gōjū-Ryū: SAIFĀ e SĒPAI - quando são obrigados a apresentá-las em competição.

Enkamp brinda-nos ainda com uma carta de 1982 da Okinawa Karate Federation dirigida à Japan Karate Federation, que vale a pena ler... e constatar quem a assina.   E a seguir a resposta...