domingo, 22 de julho de 2012

Do infinito valor da esperança

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Habituei-me a ler em «A Bola», quase como obrigatório, às terças feiras António Simões, Sidónio Serpa e Manuel Martins de Sá. Já antes lia Olímpio Bento, Jorge Valdano e Duda Guedes... às quintas feiras leio Jenny Candeias e às sextas Tomaz Morais. No «Record» habituei-me a ler diariamente alguns outros cronistas. Ao domingo é obrigatório Fernanda Palma no «Correio da Manhã», Daniel Sampaio e José Manuel Meirim no «Público», tal como José Luís Nunes Martins no «i». É deste último cronista, com o devido respeito, que pretendo transcrever neste blog algumas das considerações que tece na edição de ontem do jornal «i», na página 13, e cuja crónica com o título supra, pode ser lida na íntegra aqui:

"Só quem acredita no quase impossível sabe viver. A existência humana quando autêntica paira no intervalo estreito entre a fé e o desgosto, sempre com poucas certezas e muitas dúvidas.

(...) Qualquer espera dói. Porque se experimenta a falta do que não está, e porque por vezes se percebe que depois de se ter alcançado o que se espera haverá perda, entrando-se num estado onde a recordação do bom provocará angústia. Dessa forma, ainda antes de alcançado o objectivo, já se consegue pressentir a inquietação de ter perdido o que ainda nem sequer chegou. Mas há sempre futuro. Sempre. Mesmo quando não há esperança, há futuro...

(...) Há muitas ilusões, fraudes e fantasias. Saber distingui-las das esperanças é um dos pilares da sabedoria. Ter esperança é bem mais fácil do que acreditar nela, porque quem acredita verdadeiramente aposta a vida – e a morte – sabendo que nada faz sentido sem uma entrega completa. Esperando, mesmo contra todas as probabilidades.

Pobre é aquele que nunca esperou por nada, muito mais até do que quem, na esperança, passou todo o seu tempo à espera."
O que tem isto a ver com o Karate-dō? É só fazer o transfer... para bom entendedor, meia palavra basta!!!

3 comentários:

  1. Pois, nós somos os eternos "esperandos". E na realidade a espera dói. Vimos os regulamentos dos miúdos iguais aos dos adultos, vemos os treinadores e os árbitros não terem uma organização que os proteja. Quando um miúdo morrer num treino, pobre do treinador - bem pode apostar a vida e a morte - pois não terá nimguém para o apoiar.

    Um abraço!
    Pedro Correia

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  2. Saber esperar éuma virtude...

    Quem espera sempre alcança...

    MAS QUEM ESPERA DESESPERA!!!

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  3. Mas já não vale a pena desesperar... NEM TER ESPERANÇA!

    Quando isto bater no fundo, quando as pessoas começarem a pensar com o estômago, talvez isto leve uma volta. Talvez aí os responsáveis por esta situação começam a pagar o que devem...

    Boas férias se for caso disso!
    JA Neves

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