quarta-feira, 20 de abril de 2011

Estragar o Jogo


"Os comportamentos de alguns adultos que acompanham os pequenos ou jovens jogadores transmitem modelos profundamente negativos do que deve ser a compreensão do desporto e, em particular, nos escalões etários mais baixos. Na origem estará uma deficiente formação sobre os princípios éticos das relações sociais em que se insere a prática desportiva. Mas falta também informação sobre os objectivos e metodologias que devem caracterizar a orientação desportiva dos jovens praticantes, bem distintos do que se relacionam com a prática dos adultos. Os clubes e treinadores que se dedicam aos escalões de formação têm também a obrigação de ajudar os pais a entender o que deve ser a prática dos filhos e o seu comportamento na assistência. Os regulamentos e a arbitragem deverão igualmente reflectir sobre esta grave questão."


Escrito por Sidónio Serpa em «A Bola», ontem, dia 19 de Abril, na página 40. A este assunto voltaremos mais tarde... porque também temos dirigentes e árbitros que ainda não perceberam que a competição nos escalões etários mais baixos deve ter uma componente mais pedagógica do que alicerçada no binómio vitória-derrota. Tem-se constatado que actual modelo competitivo do Karaté infantil está pedagogicamente errado... mas nada se tem feito! E num momento em que a Direcção da FNK-P tem poderes para elaborar regulamentos, esta seria uma questão a ser reavaliada!

E não adianta soprar com os ventos dos regulamentos competitivos. Nem adianta acenar com a bandeira da federação mundial. Até porque há um koan que reza o seguinte:


Dois homens estavam discutindo sobre uma flâmula que tremulava ao vento:

" - É o vento que realmente se está movendo!" declarou o primeiro.

" - Não, obviamente é a flâmula que se move!" contestou o segundo.

Um mestre Zen, que por acaso passava perto, ouviu a discussão e interrompeu-os dizendo:

" - Nem a flâmula nem o vento se estão movendo," disse ele. " - É a MENTE que se move."


...

Sem comentários:

Enviar um comentário