sábado, 2 de abril de 2011

Yamato-damashii ( 大和魂), "o espírito japonês"!


Esta semana, Paulo Madeira, no Correio da Manhã (http://www.cmjornal.xl.pt/) deu-nos a conhecer as condições em que vivem aqueles que trabalham na central nuclear de Fukushima.

"Dormem no chão, não podem tomar banho, comem apenas duas refeições ligeiras por dia e estão permanentemente expostos a radiações potencialmente letais. É nestas condições extremas que vivem os 400 trabalhadores que tentam evitar uma catástrofe nuclear na central de Fukushima, no Japão.

Os 400 ‘heróis de Fukushima’, como são conhecidos, começam o dia com uma refeição ligeira, normalmente composta por bolachas e sumos. Não param para almoçar, e ao jantar comem arroz e comida enlatada. Dormem numa ‘sala segura’, cobertos por placas de chumbo e sem poder tirar as máscaras de protecção. Não têm camas (dormem no chão) e não podem tomar duche ou mudar de roupa. O abastecimento de alimentos e água é semanal, para evitar que mais pessoas sejam expostas à radiação, e a comida que há tem de ser racionada."

Hiroshima, 1945 (fonte: http://dekablogjp.blogspot.com/2010/08/hiroshima.html)


Otsuchi, Iwate Prefecture, Monday, March 14, 2011 (foto: Associated Press/Kyodo News)


Surpreendente a semelhança entre estas duas fotos, com 66 anos de distância uma da outra, onde somente o «Torii» se manteve de pé... como podemos observar, tudo o resto é destruição!

Um povo que se levantou das cinzas após Hiroshima e Nagasaki, levantar-se-á igualmente das cinzas após Fukushima...

Os 400 «heróis de Fukushima» na sua maioria são trabalhadores com mais de 60 anos, poupando-se assim trabalhadores mais jovens a uma provável morte em prol do restante povo do Japão devido ao elevado nível de radioactividade. Os japoneses denominam este sacrifício como «yamato-damashii», uma dedicação desinteressada ao seu país, algo de parecido com o estado de espírito dos pilotos suicidas «kamikaze» aquando do ataque a Pearl Harbour (7 de Dezembro de 1941). "Actualmente aparece retocado como dedicação ao bem comum acima dos interesses pessoais" (João Vaz, Correio da Manhã, idem).

Temos a certeza que a ousadia e a coragem e o espírito indomável do povo japonês virão à superfície... O Bushido ainda não morreu!


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