sábado, 30 de abril de 2011

Uma actividade igual a tantas outras... o estranho mundo do desporto?


"No desporto todos são desportistas! Num futuro imediato, caso sejam aplicadas medidas políticas restritivas ao Desporto Escolar, com a possível diminuição do suporte humano, material, estrutural e financeiro, poderemos incorrer numa incongruência. Se caminhamos em crise e precisamos de uma atitude saudável, competitiva, disciplinada e corajosa nada melhor que a educação física e o desporto escolar para educar e treinar os jovens para uma nova realidade. Nem todos têm acesso à condição federada dados os custos. A escola deve estar ao alcance de todos, o mundo associativo nem por isso... Uma questão de reflexão!" (Tomaz Morais, "Caminhar em Crise", «A Bola», 29.04.2011, p. 42).

De facto uma questão para reflexão, pois se nem rodos têm acesso à condição federada DEVERIAM TÊ-LA! (há que criar condições para isso!), pois as verbas que o Estado investe nas federações não são só para as selecções representarem o país: o estado investe verbas para a formação de praticantes, treinadores e árbitros, o estado investe verbas para realização de campeonatos regionais e nacionais, assim como investe para Portugal se fazer representar no estrangeiro.

Quantos atletas - competidores - vão lá fora representar o nosso país e contribuirem para o aumento das despesas quando nem sequer estão preparados para ficarem nos 10 primeiros lugares? A justificação do «ganhar rodagem» justifica o dispêndio das respectivas verbas? Será que com todos os cortes orçamentais mais uma vez se irá sacar à escola a responsabilidade de formar desportistas para depois engrossarem as fileiras dos clubes e das selecções? A que custo?


2 comentários:

  1. De autora devidamente identificada, comentário recebido por e-mail:

    "Assino por baixo incondicionalmente.

    Bom domingo, mjc."

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  2. Como não consegui publicar directamente o comentário do meu amigo José Ramalho, aqui fica o mesmo na íntegra com os meus pedidos de desculpa ao autor:

    No caso do Karate que tem duas vertentes - tradicional e desportiva - a Federação serve apenas a última. Não existe vocação federativa para representar a parte tradicional embora esta envolva também e seguramente a actividade física. É discutível, a meu ver, a importância da Federação em quem quer apenas treinar karate sem participar em competição. Eu, pessoalmente, tenho alguma dificuldade em fazer os meus alunos entenderem a necessidade de se federarem, embora não tenha nenhum aluno que não esteja federado.
    Para a maior parte deles (senão para a totalidade) a utilidade da federação resume-se à aquisição rápida do Seguro Desportivo... e é pena que seja só por esse motivo.

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