quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Campeonato Nacional de Clubes


CKG Porto, 
KS Vila das Aves, GRE Bonfim, CK Maia e CK Aguçagourense dominaram o Nacional de Clubes. Equipas do Norte do país, onde a excepção foi o CRP Campolide ao vencer em kumite sénior masculino, quando já antes a sua equipa de cadetes/juniores se tinha sagrado vice-campeã também em kumite masculino.

O CRP Campolide apresentou uma equipa constituída por Nuno Mestre, Hugo Lourenço, Hugo Pina, Bruno Rua, Álvaro Varela e, como suplente, André Simão.

Quebrando a hegemonia tradicional de outros clubes, como surgiu esta equipa? Três clubes de origem (CRP Campolide, CRD Cavaquinhas e KC Margem Sul), cada qual respectivamente treinado por Estevão Trindade, Sérgio Pereira e Ricardo Camisão, deram origem a uma ideia comum, pois nenhum dos clubes conseguiria participar no evento "individualmente". Optaram pela inclusão dos melhores atletas numa equipa A, formaram ainda uma equipa B e, para além disso, uma equipa de cadetes e juniores. Ultrapassadas as situações burocráticas e administrativas que decorrem das inscrições dos atletas, alguns deles abdicaram da sua normal representatividade para abraçarem este projecto e logo no primeiro ano se sagraram campeões nacionais por equipas. Excelente!

Estevão Trindade é dos poucos ex-atletas de alta competição de sucesso que se revelou com boas competências para ser um bom treinador, sendo no momento seleccionador regional. Sérgio Pereira, antigo competidor, dedica-se actualmente também ao ensino e ao treino. Em relação ao treinador que deu a cara pela equipa, Ricardo Camisão, tive a honra de pertencer ao júri de licenciatura que apreciou a sua tese intitulada "KARATE ANTIGO vs NOVO - uma proposta metodológica de treino e de ensino para crianças dos 5 aos 10 anos", no Instituto Piaget, é neste momento mestrando de Treino de Alto Rendimento na Faculdade de Motricidade Humana.

Parabéns a todos os clubes participantes e a todos os vencedores.
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3 comentários:

  1. Há uma nova geração de treinadores, alguns baseados nas suas habilitações académicas no campo da Educação Física e Desporto, outros que têm procurado formação científica além fronteiras, que começam a mostrar resultados fugindo de metodologias tradicionais e optando por outras mais científicas. Penso que este é um desses casos!

    Há maneiras de clubes pequenos poderem-se unir em torno de objectivos comuns e começarem a ver o karaté como uma forma de colaboração, deixando os treinadores de estarem isolados nas suas próprias quintas. Penso igualmente que aqui temos um exemplo!

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  2. Ora aí está uma maneira de dar a volta ao texto: se não se consegue ter uma equipa no dojo, juntem-se os dojos e faça-se uma equipa! Inscrevam-se na federação os competidores por um único e mesmo dojo, nem que o seu treino seja efectuado só noutro...

    Aumente-se a qualidade da competição. A cientificidade prevalecerá sempre sobre o empirismo.

    Parabéns aos vencedores. Parabéns também a quem nos traz aqui este post.

    Um abraço!

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  3. E mai nada!!!

    Assim se contornam os clubes, as regiões e as leis - mas dentro da legalidade.

    Grande abraço,
    PC Correia

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