terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Uma notícia em atraso, ou quando haver legislação não resolve tudo!


No passado dia 25 de janeiro uma criança de 12 anos foi atingida por uma baliza que caiu e, conduzida ao Hospital Pediátrico de Coimbra, entrou em coma profundo. Veio a falecer no dia 30...
O acidente ocorreu em Brasfemes, quando a criança brincava com amigos no campo desportivo de um centro recreativo desta freguesia, a qual se terá pendurado na baliza que acabou por lhe cair em cima.

O Prof. José Manuel Meirim escreveu no «Colectividade Desportiva» que "está-se longe de imputar uma culpa (ou responsabilidade) exclusiva à criança, mesmo tendo em conta a sua idade."

O Prof. Sidónio Serpa em «A Bola» (31.01.2012, p. 34) escreveu que "ainda que saibamos ser impossível evitar todos os acidentes devidos ao atrevimento infantil, custa muito entender como se repetem os ferimentos e mortes por quedas de balizas que não respeitam as condições de segurança a que a lei obriga."

Não está legislado o modo de fixação das balizas? Não está legislado quem as deve verificar periodicamente? A baliza estava presa por arames (seriam clips?)? Era costume os alunos furarem a rede - quantos buracos foram feitos neste "costume"? Uma criança de 12 anos arrastou a baliza (seria de plástico ou de PVC?) para o centro do polidesportivo - sozinha? Se a criança se quisesse pendurar na baliza, não seria mais fácil, mais rápido e menos trabalhoso pendurar-se nela no local onde estava inicialmente? Quem é o diretor técnico destas instalações desportivas? As mesmas são propriedade de quem? Existe um seguro das mesmas instalações?

Muita coisa está aqui mal contada... ou a comunicação social não fez chegar tudo ao público ou investigou mal...

O que é certo é que o Diogo morreu. O que é certo é que muitos Diogos já morreram nestas mesmas condições... O que é certo é que neste país mais Diogos irão morrer... O que é certo é que nestes casos nunca chegamos a saber quem foi responsabilizado... O que é mais que certo é que o Diogo morreu!
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