sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A culpa sempre morreu solteira...


Futebol : 2012, Port Said, Egito - 74 mortos e 188 feridos.

Futebol : 2001, Accra, Gana - 127 mortos.
Futebol : 1996, Guatmala, Costa Rica - 80 mortos.
Futebol : 1989, Liverpool, Inglaterra  - 96 mortos e 766 feridos.
Futebol : 1988, Katmandu, Nepal - 93 mortos.
Futebol : 1985, Bradford, Inglaterra - 56 mortos e 265 feridos.
Futebol : 1985, Bruxelas, Bélgica - 39 mortos e 600 feridos.
Futebol : 1982, Moscovo, Rússia - 66 mortos.
Futebol : 1971, Glasgow, Escócia - 66 mortos.
Futebol : 1968, Kaysery, Turquia - 44 mortos.
Futebol : 1968, Buenos Aires, Argentina - 71 mortos.
Futebol : 1964, Lima, Peru - 74 mortos.


Karate (空手): 2012, Quinta do Conde, Portugal - 2 feridos.


Para além do ocorrido no Campeonato Nacional de Clubes - apenas do âmbito disciplinar da federação -, temos agora o ocorrido no Campeonato Regional da Zona Centro-Sul Sénior (22 de janeiro) - para além do âmbito disciplinar da federação, também do âmbito penal. Numa prova desportiva aberta ao público havia algum agente das forças de segurança presente requisitado pela organização? Havia seguro das instalações desportivas por parte da mesma? Foi cumprida a lei?

Já estamos habituados... lamentável é que a modalidade que praticamos comece a estar conotada mais ainda com a violência...

7 comentários:

  1. A continuar desta forma, caminhamos para algo semelhante... É preciso agir doa a quem doer!

    João Guiod Castro

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  2. Caro Dr. Armando

    Claro que comparar números de espectadores de futebol e de espectadores de karaté não é a mesma coisa. Nem sequer é proporcional o número de casos existentes no futebol e no karaté de mortos ou feridos!

    Mas o que interessa aqui realçar é que ACONTECEU! Numa competição de karaté, ainda por cima oficial, haver dois feridos entre o público,é no mínimo GRAVE! Não sei como aconteceu nem quem são os intervenientes. São só dois, comparados com o futebol? São, mas se um deles fosse filho de alguém esse "alguém" não diria que são só dois.

    Para onde vais karaté???

    O que vão fazer os responsáveis pelo karaté em Portugal? Terão a coragem de "agir doa a quem doer" como diz o João Guiod?

    Abraço
    JA Neves

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  3. Hélio Ramos - Praia da Vitória3 de fevereiro de 2012 às 23:27

    Sensei Armando Inocentes!
    Há muitos anos atrás as pessoas admiravam-se quando acontecia coisas más. Hoje em dia é exactamente o contrário: admiramo-nos quando acontece coisas boas!!!
    Um abraço.
    HRamos

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  4. Então Armando? Não eras tu que dizias que o pessoal do karaté era pacífico? Afinal parece ser uma modalidade como as outras, ou não?

    Um abraço!

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  5. Agradecendo os vossos comentários, pois neles muito está implícito, vou só responder à última comentadora, por ser neste grupo a única não praticante: não, não é uma modalidade como as outras - o que se passa na competição é que é semelhante em todas as modalidades.

    Além disso eu não escrevi nada sobre os dois feridos - se foi na própria competição ou se foi entre elementos do público. Só comparei números (incomparáveis) e só afirmei que números destes já chegaram ao Karaté.

    A prática do Karaté deve promover valores, diminuir a agressividade, formar o carácter do indivíduo, torná-lo sincero e responsável.

    Para mim o melhor sinónimo de Karaté sempre foi RESPEITO!

    Um abraço também!

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  6. Caro Armando !
    Fiquei assustado, quando comecei a ler o post, pensei que eram relatos de alguma guerra, de atentados " terroristas", ou de massacres de alguma potência. Afinal era "desporto", sim "desporto". Coisa estranha, muito estranha mesmo, mas o desporto , não é suposto melhorar a condição física e intelectual, fomentar o são convívio entre as pessoas e os povos; não deveria estar primeiro a amizade e depois a competição .Não era suposto dar saúde, melhorar a vida? Pois tudo isto era suposto, pois...talvez (eu) não passe de um ingénuo, talvez o mundo esteja às avessas, talvez " o meu reino não seja deste mundo". Quanto ao karaté, infelizmente , não consegue passar imune ao que se passa no resto da sociedade, não há muros capazes de conter a violência e a estupidez reinante , é verdade, mas também não é mentira, que, pelo que conheço, pouco se tem feito para afirmar a diferença de atitude do karaté.
    Seria bom descortinarmos, escrutinarmos, o que move muitos pseudo-sapientes "mestres", qual a mais valia-moral e intelectual que têm a oferecer aos seus alunos. É uma luta difícil porque há gente disposta a tudo para conseguir uns segundos de "brilho".
    Grande abraço,
    Luís Sérgio

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  7. O Sensei não escreveu nada sobre os dois feridos, mas eu vi! Vi um treinador subir a bancada de dedo em riste para o pai de uma competidora, levou uma cabeçada e veio pela bancada abaixo a rebolar. Um aluno dele foi lá a correr e levou outra cabeçada e ficou a sangrar.
    Pronto, não é só gente do público que não sabe ser espectador, é também gente do karaté que não sabe ser gente do karaté.
    O caos está instalado. Venha o próximo.

    Grande abraço
    Pedro Correia

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