Vai-se realizar a primeira Assembleia Geral da FNK-P presumivelmente segundo os novos moldes – segundo o atual RJFD. O primeiro facto a realçar é o de antigos hábitos continuarem a estar arreigados… a convocatória convoca os associados! Ora, os associados da FNK-P são as associações e os clubes, enquanto que a AG de amanhã será composta pelos delegados eleitos pelo Conselho Geral – e que continuamos a desconhecer quem são… Quem representa as/os associadas(os)? Quem representa os praticantes? Quem representa os treinadores? Ou serão mesmo as/os associadas(os) a estarem presentes?
Sobre os assuntos que vão ser debatidos e que estão presentes na ordem de trabalhos, os delegados (se forem estes) consultaram aqueles que representam? Levarão à AG a sua voz? São perguntas que ficam, mas que imaginamos terem respostas negativas. A ser assim, o modelo de representatividade democrático encontra-se adulterado… mas disto, ninguém quer saber!
Ordem de trabalhos: admissão de novas associações! Quantas estão à espera há vários anos? Com quotizações pagas? Claro que algumas não era conveniente terem sido aceites em AG antes da eleição dos próprios delegados em AG. Por que motivo? Porque eleições com cadernos eleitorais deturpados são uma fraude! Porque há tachos a defender: uma associação até nem possuía um determinado número de nomes no caderno eleitoral, mas como o seu expoente máximo tinha o seu nome numa lista, que tudo avance assim… e avançou, sem impugnações! Uma associação tinha 0 votos, nenhum nome no caderno eleitoral, mas o nome do seu máximo expoente aparece numa lista e… presumivelmente foi eleito! Que tudo avance assim… E avançou, sem impugnações! E até sobre estes dois casos, sobre estes dois expoentes máximos, consulte-se o relatório e contas que também irá ser posta à aprovação amanhã!... e tirem-se conclusões!... mas disto, ninguém quer saber!
Agora é altura de aprovar novas associações: pois é! São mais 500€ (os provisórios definitivos!) por cada uma em cada ano. Mas mesmo depois de admitidas, nunca estarão na AG…
Ordem de trabalhos: aprovação de Relatório e Contas! Souberam ganhar uma batalha, mas não sabem como explorar uma vitória! Veja-se quanto no Relatório e Contas entrou de taxas associativas, inscrições de atletas, cursos de formação de treinadores… e quando se recebem 90 e tal mil euros no primeiro semestre deste ano do IDP não se levam os cadetes e juniores ao mundial da Malásia! Mas disto, ninguém quer saber!
Temos de ser mais solidários, disse Aníbal…
No tempo das Guerras Púnicas, outro Aníbal saiu de Cartago com um exército de 60 mil homens para dominar Roma. Antes de alcançar o seu objectivo, destroçou em Canas as mais poderosas legiões romanas: pudera, Roma tinha cavalos e Cartago tinha elefantes… Um dos seus comandantes, Maharbal, que se encontrava à frente de um batalhão com 37 elefantes de guerra, disse a Aníbal:
- Chegou a hora: dentro de cinco dias estarás a celebrar o teu imenso triunfo com um banquete no Capitólio…
Mas não. Apesar do sucesso, Aníbal deixou-se levar por súbito sinal de medo (e outro ainda mais estranho de desconfiança na sua força) e em vez de avançar as tropas para o alvo, determinou (trágico) que se esperasse por melhor ocasião para o ataque – e foi quando Maharbal lhe murmurou, desolado, profético :
- Sabes como ganhar uma batalha, não sabes como explorar uma vitória…
Se a atual Direção da FNK-P não souber afastar o espírito que traíu Aníbal, não é apenas o banquete no Capitólio que perderá, é toda a possibilidade de começar a gerir este organismo de uma outra maneira – mais transparente, mais justa, mais democrática!... Perderá a possibilidade de cada vez mais se poder acreditar nela, de credibilizar a nossa modalidade…
E não se esqueçam do que aconteceu por Aníbal desbaratar o impulso de Canas: Cartago acabou arrasada por Roma – e Aníbal suicidou-se na certeza de que qualquer adversário, por mais fraco que seja, pode sempre vencer-nos através dos débeis flancos que lhes abrimos dentro de nós…
Ganhar uma batalha nunca significou ganhar uma guerra…
(Os meus agradecimentos a António Simões, diretor executivo de «A Bola», pela sua crónica “Aníbal, o destino”, publicada a 27.09.11, p. 47, de onde transcrevi alguns excertos, com o devido respeito e consideração).
Ensina-me a funcionar com esta ferramenta do comentário. Sempre que tento apoiar a tua ideia não consigo publicar nada.
ResponderEliminarAfinal foram seguidos todos os passos... o comentário foi parar à minha caixa de e-mail e eu publiquei!
ResponderEliminarPor vezes "ele diz" que a conta não tem autorização... e acaba-se por perder o texto inicial. Depois de escrever o texto é bom selecionar-se todo e fazer-se "copy"; escolhe-se no "comentar como" (geralmente conta do google se tiver gmail), clicar no "enviar comentário" e ele abre a janela do endereço de e-mail e palavra-chave. Preenche-se, "iniciar" ou "abrir conta" (não sei qual deles é, mas por baixo da password) e ele enviou. Vai aparecer mensagem a dizer enviado e aguarda moderação. Se aparecer a tal janela a dizer que a sua conta não tem autorização, é porque entrou em conflito com algo que ficou aberto. Como se fez copy guarda-se o texto num "word" e tenta-se depois de fechar tudo... ou mais tarde!
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Atenção ao comentário que deve vir assinado com o nome.
Espero ter ajudado e aguardo...
Grande abraço!