terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como vamos atravessar o rio amanhã?



Ainda a propósito do post  "Do «Desejado» à implosão...", Winston Churchill dizia que “quanto mais para trás se olhar, mais para a frente se poderá ver”... enquanto o nosso Vergílio Ferreira era mais apologista de que a esperança é a última a morrer: 

Tenho esperança. É o que me vem sustentando: a esperança de que amanhã é que é.” 

E se o amanhã não chegar? Vamos continuar à espera de D. Sebastião?

Mas a perspectiva pode ser diferente! Recordo-me do célebre conto Zen denominado "Atravessando o Rio":


Dois monges viajavam juntos por uma caminho lamacento. Chovia torrencialmente o que dificultava a caminhada.  A certa altura tinham que atravessar um rio, cuja água lhes dava pela cintura. Na margem estava uma rapariga que parecia não saber o que fazer:

- Quero atravessar para o outro lado, mas tenho medo!
Então o monge mais velho carregou a jovem às suas cavalitas para a outra margem. Horas depois, o monge mais novo não se conteve e perguntou:
- Nós, monges, não nos devemos aproximar das mulheres, especialmente se forem jovens e atraentes. É perigoso. Por que fez aquilo?
- Eu deixei a rapariga lá. Você ainda a está carregando?

Como vamos atravessar o rio amanhã? Não será que o amanhã começa hoje?...

...

1 comentário:

  1. Obrigado ao Bruno Afonso pelo comentário que fez em particular a este post.

    "Don't look back, you're not going that way!"

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