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Talvez coincidência, ou não, as crónicas desta semana de Sidónio Serpa e de Jenny Candeias no jornal «A Bola» (respetivamente no dia 15, página 34, e no dia 17, página 40) quase que se tocam.
Sidónio Serpa começa por nos dizer que "a evolução das palavras ajuda-nos a compreender a evolução dos conceitos que exprimem", opinião de que sou adepto e que também defendi na minha tese de mestrado em relação à evolução do termo «violência» dado que se tratava de uma dissertação sobre a violência na prática desportiva infanto-juvenil. E continua afirmando que "assim se passa no contexto desportivo com os termos que têm designado quem exerce funções de treino dos praticantes de competição."
Sidónio Serpa começa por nos dizer que "a evolução das palavras ajuda-nos a compreender a evolução dos conceitos que exprimem", opinião de que sou adepto e que também defendi na minha tese de mestrado em relação à evolução do termo «violência» dado que se tratava de uma dissertação sobre a violência na prática desportiva infanto-juvenil. E continua afirmando que "assim se passa no contexto desportivo com os termos que têm designado quem exerce funções de treino dos praticantes de competição."
Passando à evolução dos termos propriamente dita, da "clássica designação de treinador, (...) de um especialista que transmite o seu saber-fazer aos atletas, que conhece e domina de forma intuitiva, e cuja vontade pretende mobilizar", passou-se para a designação de «coach» cuja "intervenção transcende os aspectos técnico-tácticos" e cuja palavra "exprime uma abordagem do treino mais abrangente na qual a dimensão psicológica e humana passa a ter um papel determinante e sistematizado, associado à técnico-táctica." Entrou-se assim no domínio do saber-fazer-ser.
Por último, aborda o conceito de «manager», algo mais do que treinador, pois "coordena a equipa técnica com profissionais de diversas áreas, fixa objectivos, concebe estratégias, gere o projecto e orienta os atletas no terreno." E conclui que "é um enorme desafio para quem abraça a tarefa, mas igualmente para os dirigentes que têm de entender o seu lugar num mundo de elevada especialização." Os dirigentes... que estão na retaguarda dos treinadores-coaches-managers... e que na realidade são (deveriam ser!) gestores.
Por seu lado, Jenny Candeias, embora abordando a ginástica, aponta-nos para "um bom princípio: colher informações no terreno e validar a estrutura de cada desporto" implicando "a organização, buscando o compromisso tácito, ou expresso, de muitos que nela participam." E se uma Federação (generalização minha!) "não tem razão de ser sem clubes, sem atletas, treinadores e juízes, precisa - e de há muito! - dos pareceres responsáveis e fundamentados de especialistas nos modernos meios de suporte do treino desportivo e seu enquadramento."
Nem o treinador pode exercer eficazmente as suas funções se não trabalhar numa equipa multidisciplinar, nem uma Federação pode singrar se não se rodear de especialistas nas mais diversas matérias. Passámos a fase do técnico-táctico, do intuitivo e do improviso, para já estarmos na fase da dimensão cultural, científica e das relações humanas... no âmbito da actividade que exercemos.
Por seu lado, Jenny Candeias, embora abordando a ginástica, aponta-nos para "um bom princípio: colher informações no terreno e validar a estrutura de cada desporto" implicando "a organização, buscando o compromisso tácito, ou expresso, de muitos que nela participam." E se uma Federação (generalização minha!) "não tem razão de ser sem clubes, sem atletas, treinadores e juízes, precisa - e de há muito! - dos pareceres responsáveis e fundamentados de especialistas nos modernos meios de suporte do treino desportivo e seu enquadramento."
Nem o treinador pode exercer eficazmente as suas funções se não trabalhar numa equipa multidisciplinar, nem uma Federação pode singrar se não se rodear de especialistas nas mais diversas matérias. Passámos a fase do técnico-táctico, do intuitivo e do improviso, para já estarmos na fase da dimensão cultural, científica e das relações humanas... no âmbito da actividade que exercemos.
Completamente de acordo. Treinadores devem rodear-se de especialistas. A federaçãotambém.
ResponderEliminarOs primeiros já o começaram a fazer... a segunda nunca o fará - pelo menos em relação a alguns especialistas especializados que foram tomados de ponta... é o velho ditado: quem não está comigo está contramigo,mesmo que essa pessoa seja superior em conhecimentos e saber.
Abraço
Pedro Correia
Caro Armando:
ResponderEliminarO Coaching é uma grande ferramenta... por isso mesmo professores, treinadores e federações deveriam preocupar-se com isso.
Aproveito para te aconselhar "Coaching para Docentes - motivar para o sucesso", da Porto Editora, escrito por Juan Fernando Bou Pérez. Um bom livro que dá boas pistas para professores e formadores.
Resto de um bom domingo!
Luísa Costa
Mas quando é que os nossos dirigentes e os treinadores de Karaté irão perceber o que é o Coaching?
ResponderEliminarSó se esta nova geração começar a trabalhar em conjunto criando novas sinergias... mas enquanto forem os dinossauros a estarem no poleiro isso será difícil.