Conheci o Prof. Sidónio Serpa num curso de
treinadores de karate realizado na década de 80 pela antiga FPKDA, num quartel
ali para os lados dos Anjos. Tive depois a oportunidade de muito com ele
aprender na FMH. Exemplar a crónica de hoje em «A Bola», na página 32,
intitulada “Exemplo de ética”, a qual transcrevo na íntegra com autorização do
seu autor. Aqui nos demonstra como alguém nomeado Embaixador para a Ética
no Desporto pode fazer algo em prol do PNED. Obrigado Professor!
Há
muitos anos li num livro juvenil de histórias do desporto um episódio passado
com o histórico nadador Mário Simas que representou Portugal nos Jogos
Olímpicos de Londres e foi imbatível nas piscinas nacionais e respeitado nos
contextos internacionais. Aí se contava que num campeonato europeu saiu em primeiro
lugar na última viragem, o que lhe daria forte possibilidade de ser campeão da
Europa, coisa de particular significado nos anos 40 do século passado, em que,
para além do hóquei patins, Portugal não alcançava vitórias internacionais.
Sucede que Simas – de quem tive o privilégio de vir a ser aluno no antigo INEF
e companheiro no Panathlon Clube de Lisboa – se apercebeu que havia cometido
uma infracção involuntária na viragem que nenhum juiz havia notado. Assim,
voltou atrás para repetir aquela fracção da prova, comprometendo a
possibilidade do título europeu até então nunca alcançado por qualquer
português.
Num
texto dirigido ao presidente da Federação em 2008, por ocasião de uma homenagem
que lhe foi prestada em comemoração dos 60 anos de participação nos Jogos de
Londres, afirmava que o desporto deve servir para unir as pessoas e não para as
separar, acrescentando que os valores olímpicos devem ser meio de valorização
pessoal, de respeito pelos outros e de união e de paz entre todas as pessoas, e
terminando com a afirmação de que foram estes os valores com que, na
perspectiva cristã, procurou pautar a sua vida.
A ética
e o respeito pelos outros são, de facto, valores que se expressam no desporto
como na vida em geral. Existe uma transferência mútua e há que trabalhar nos
dois campos com o exemplo de cada acto. Respeitando a responsabilidade da
nomeação para embaixador da ética desportiva pela Secretaria de Estado da
Juventude e Desporto, pareceu-me adequado partilhar com os leitores este
exemplo que me marcou ao longo de toda a minha actividade de praticante e
profissional no contexto do desporto.
Ora aqui temos um Embaixador para a Ética no Desporto que desceu ao terreno par nos dar um exemplo de um caso ético no desporto.
ResponderEliminarPorque casos como estes deve haver muitos e deveriam ser tornados públicos. Tal como os casos contrários... Assim poderíamos ver o bom e o mau não do desporto, mas dos que praticam desporto!
Parabéns Dr. Sidónio Serpa!
Os meus cumprimentos
JA NEVES
E ainda bem que o Dr. Armando resolveu transcrever esta crónica... assim está mais ao alcance de todos. O papel amarelece, rasga-se, queima-se, mas esta opinião vai parmanecer aqui.
ResponderEliminarUm abraço
JA Neves
Finalmente aparece alguém a mostrar algo que vale a pena e que não deve perecer...
ResponderEliminarA ética e o respeito pelos outros são, de facto, valores que devem estar sempre presentes!
Parabéns pelo post, ao autor e ao "editor".
Luísa Costa
Mas que grande exemplo, Nos tempos que correm ler uma coisa destas parece ficção. Aqui está um exemplo que deveria ser divulgado, contado, narrado, enaltecido, VALORIZADO. Ética e verdade desportiva desta nem conhecia.Infelizmente não há muitos "desportistas" ou outros capazes de um acto destes. Pois, se existissem muitos embaixadores como este, a ética seria qualquer coisa e não um simples desconhecido.
ResponderEliminarParabéns !
Abraço,
Luís Sérgio
Y los otros embajadores? ¿Qué hacer? Karateka raton siempre tiene la razón ...
ResponderEliminarA propósito: vão à página do PNED e contem o número de embaixadores... E tu também Karateka Ratón!
ResponderEliminarParabéns Prof Mário Simas!
ResponderEliminar