sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A falácia dos números

Um texto a ler em http://colectividadedesportiva.blogspot.com.

1 comentário:

  1. Num estudo de Salomé Marivoet de 1988 a amostra foi representativa da população de Portugal Continental dos 15 aos 60 anos, para um total de 5.494.896 indivíduos (só Portugal Continental), tendo sido aplicados 43.532 inquéritos. Conclusão: 27% exercia uma prática desportiva, embora só 22 destes de forma regular, e entre estes, 16 de forma organizada.

    No estudo da mesma autora referente a 1998 a amostra foi representativa da população de Portugal Continental e de ambas as Regiões Autónomas dos 15 aos 74 anos (7.093.575 indivíduos), tendo sido realizados 3.030 inquéritos. Conclusão: foi alargado o universo de análise à população entre os 15 e os 74 anos e ao país inteiro, tendo-se concluído que para este conjunto da população, 23% eram praticantes desportivos.

    Ora, no Eurobarómetro foram entrevistados 1.031 indivíduos num universo de 8.080.915 habitantes... ou seja, uma amostra em que aumenta o universo e diminui o número de inquiridos...

    Se adicionarmos os que praticam regularmente aos que praticam com alguma regularidade obtemos 33%!

    Logo existem aqui duas falácias: a primeira, a da amostra; a segunda, quando se pretender adicionar aos 33% o número dos que raramente praticam (11%)... para se chegar a 44%!

    O que é «raramente»? Uma corridinha uma vez por mês? Um joguito de «casados contra solteiros» de ano a ano quando a empresa comemora o aniversário?...

    Logo, deixemos de falar em 45%!

    Será que no Eurobarómetro de 2004 os 34% de portugueses que referiam fazer exercício físico ou praticar desporto também incluíram os «raramente»? Parece que não, embora "mea culpa" por não ter verificado este resultado e não ter estudado a amostra...

    Deixemos pois de comparar o que não pode ser comparado!

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