-----Sob a égide da FNK-P e da FMH, desenrolou-se entem, no salão nobre desta última, a acção de formação “Karate, Escola, Empreendedorismo e Sociedade” organizada pela AKDK. A sessão de boas vindas foi apresentada pelo Presidente da FNK-P, João Salgado, assim como pelo Presidente da FMH, Prof. Dr. Carlos Neto.
-----O Seleccionador Nacional, dissertou sobre "A alfabetização motora e o Karaté", alertando para a necessidade de se começar a trabalhar desde cedo com as crianças de um modo correcto e com carácter lúdico, pois a modalidade possui um alfabeto motor específico. Realçou também a importância de se irem alternando as metodologias de treino e apresentou o paradigma do novo treinador, onde no ponto quatro salientava a necessidade de se "adaptar o modelo competitivo" actual nos escalões compostos por crianças e pelos mais jovens. Uma óptima intervenção da parte do Dr. Joaquim Gonçalves, ao que também já estamos habituados...
-----O Dr. Filipe Pamplona falou-nos de "Karaté, inteligência cognitivo-motora e empreendedorismo". Apresentando o Karaté como uma linguagem universal mesmo em culturas diferentes, focou a sua atenção num modelo interactivo em torno dos múltiplos agentes do Karaté e nos actores do processo de transformação, lançando a questão "como é que o Karaté vai dar resposta aos desafios lançados?". Referiu ainda o Dr. Filipe Pamplona o paradigma lutar-fugir, alertando para que do paradigma sobrevivência-competição estamos a passar para um paradigma da integração. Entrando nos domínios neuro-cognitovo-motores, da inteligência motora e da inteligência emocional, foi latente que a elevada terminologia técnica não conseguiu ser acompanhada por muitos dos presentes, como foi referenciado numa intervenção.Um único pecado a apontar foi o facto de termos ido almoçar às 14.00 horas. ..
-----Da aparte da tarde e para finalizar, o Mestre Vilaça Pinto, um histórico da modalidade, falando do "Karaté - da tradição à modernidade" fez um historial da evolução desta prática desde os seus primórdios no Japão, salientando que o Karaté deve ser virado para o praticante e não para a organização. Revelando-se contra a especialização só na kata ou só no kumite, até porque na competição "a medalha é a cenoura que damos aos nossos alunos" (embora a graduação também assim possa ser considerada - n. a.), Vilaça Pinto tentou uma conciliação que conjugasse a componente desportiva do Karaté com aquilo que denominou como "o Karaté clássico", referindo que aos treinadores cabe "a responsabilidade na herança recebida e na herança que deixamos".
-----Por último, o aguardado workshop, orientado por vários treinadores e pelo seleccionador nacional, fundamentou o que tinha sido explorado nas várias prelecções e lançou pontes para o futuro, apesar de ter terminado tardiamente.

Recebi um comentário anónimo alertando-me para duas incorrecções no meu texto, o que agradeço, mas que não tinha a necessidade de ser anónimo pois assim poderia agradecer directamente.
ResponderEliminarDe qualquer maneira, estão as correcções feitas.