domingo, 17 de julho de 2011

Crenças: o que são?


Muitos dos posts aqui colocados, principalmente os últimos, andam à roda das nossas crenças!

Crenças: o que são?

Daniel Sampaio, no seu último livro (1), recorre ao Dicionário Houaiss para apresentar uma definição: "atitude de quem se persuadiu de algo pelos carateres de verdade que ali encontrou; convicção profunda e sem justificativas racionais em qualquer pessoa ou coisa." E como sabemos, as atitudes estão na base dos comportamentos...

Por seu lado, Maria Luísa Soares (2) afirma: "submetemo-nos às crenças - como seguimos as regras -, sobretudo a essas crenças práticas sobre as quais se funda toda uma forma de vida e de conduta. E aqui dá-se submissão: à regra, ao hábito, à nossa 'imagem do mundo', que não é uma teoria construída por nós, mas que nos é conatural, de certa forma herdada, pertence-nos e possui-nos, dominando-nos inconscientemente."

Talvez se perceba agora um pouco melhor porque é uma crença praticarmos uma arte marcial... ou porque é uma crença o Karaté vir um dia a ser olímpico... ou porque é uma crença acreditarmos na justiça desportiva...


(1) Sampaio, Daniel (2011), "Da família, da escola, e umas quantas coisas mais", Alfragide, Ed. Caminho.
(2) Soares, Maria Luísa Couto (2004), "O que é o conhecimento?", Porto, Campo das Letras.

2 comentários:

  1. Pois é, eu também acredito no Pai Natal, mas quando chega o 25 de Dezembro... NADA!

    Eu também acredito que o D. Sebastião virá numa manhã de nevoeiro mas... NADA!

    Eu também acredito que treino uma arte marcial mas se eu for de mãos vazias e o outro tiver um taco de beisebol...NADA!

    Eu também acredito na federação mas... NADA!

    Um abraço amigo
    Pedro Correia

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  2. Caro Armando!
    A crença é o oposto da razão, acreditar na federação, por exemplo, é uma crença que nos fica cara. Se racionalizarmos lutaremos contra o que está mal e, tal vez consigamos alguma coisa, ou não, porque a crendice nacional é muito forte, tem muitos pilares e, um dos principais é o trabalho subterrâneo. Não foi por acaso que o filósofo francês do século XVIII, Voltaire escreveu que : o 1º Padre apareceu quando o 1º vigarista encontrou o primeiro tolo. Logo crença, na maior parte das vezes é tolice e vigarice. E, até dá bem com o estado das coisa no nosso país, no desporto e não só.
    Grande abraço,
    Luís Sérgio

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