Todos nós, mesmo que não acompanhemos, temos ouvido algo sobre o escândalo do jornal britânico «News of the World», de Rupert Murdoch, que se baseou em escutas ilegais e alegado suborno para poder fabricar as suas notícias. Mas o maior escândalo foi terem colocado escutas em vítimas de crimes e de actos de terrorismo - como por exemplo no telefone dos pais de Milly Dowler, uma criança encontrada morta em 2002, e eventualmente nos de vítimas do 11 de Setembro.
Pedro Mexia, no «Expresso» de sábado, dizia: "se alguém está contra ele, Murdoch compra-o ou ataca-o. Os seus jornais são um instrumento habitual de vinganças pessoais. E quem trabalha com ele faz tudo o que ele quer (...). Faz isso porque pode, porque o deixam, porque comprou ou destruíu quem lhe podia fazer frente."
O ex-jornalista do «News of the World», Sean Hoare, que revelou o caso ao concorrente «The Guardian», foi encontrado morto em casa na segunda-feira, dia 18. Homicídio ou suícidio? Calar uma testemunha ou sucumbir fruto da pressão?
O que é certo é que a polícia não considera a morte suspeita... apesar de se ter demitido no dia 17 o Chefe da Scotland Yard e no dia 18 o número dois da mesma.
Fizeram-me estas notícias recordar um e-mail que um amigo* me enviou a 18 de Outubro do ano passado com este vídeo:
O vídeo era acompanhado por este pequeno texto: "Este soldado não tem o coração de chumbo, mas de ouro! ...de amor e compaixão... Assistam e passem adiante! Mereceu os aplausos de pé!! Contundentes e verdadeiras as palavras do soldado.
O soldado apareceu morto 2 dias depois do discurso. A autópsia revelou ter sido um ataque cardíaco. Depois de um discurso destes, é difícil acreditar em ataque cardíaco... a menos que tenha sido provocado!"
Moral da história (ou das histórias): denunciar a verdade tem custos, mas a dignidade não tem preço! Morreram dois heróis! Que fique o seu exemplo... e que não os esqueçamos!
* Os meus agradecimentos público ao Carlos Camelo, leitor deste blog, pelo e-mail e pelo vídeo.
* Os meus agradecimentos público ao Carlos Camelo, leitor deste blog, pelo e-mail e pelo vídeo.
Por gentil indicação da Prof. Dr.ª Maria José Carvalho, da FADEUP, verificamos que o texto que me foi enviado juntamente com o vídeo incorre num erro.
ResponderEliminarAfinal o soldado Mike Prysner não morreu. Ainda bem! Ao menos uma boa notícia no meio de todas as outras.
(http://theotoniodossantos.blogspot.com/2010/06/mike-prysner-esta-vivo-e-bem.html)
Prysner foi fundador do "March Forward" e em Janeiro e Fevereiro de 2011 fez um "tour" pela "Scottish Palestine Solidarity Campaign".
(http://www.scottishpsc.org.uk/index.php?option=com_content&view=article&id=3569:mike-prysner-speaking-tour-jan-2011&catid=247:notices-of-coming-events&Itemid=200705)
Obrigado Prof.ª Maria José. Ainda bem que há leitores e leitoras deste blog que nos ajudam a corrigir erros involuntários ou que não detetamos. Fruto também de pesquisa incompleta... «mea culpa»!
Um grande abraço!
Armando
Caro Armando!
ResponderEliminarPost muito oportuno, agora sim, podemos dizer: " Ao que isto chegou". Que miséria de jornalismo. Podemos confiar na maior parte da informação? - Respondo já: evidentemente que não, grande parte dos jornalistas não passa de cães de guarda de quem paga melhor, os poucos que resistem ou " morrem de acidente ", deve haver bruxas a acompanhar tais situações, senão como compreender que as testemunhas incómodas desapareçam, quase sempre de acidente.
Será que em Portugal, estaremos assim tão longe dos ingleses? Olhemos bem para grande parte do nosso jornalismo. Onde paira a liberdade de informação e opinião, quem tem acesso à palavra televisiva e aos jornais, os poderosos, os quem têm dinheiro. Verifiquemos o que se passa nas campanhas eleitorais, que fazem os "nossos" jornalistas, dão a palavra apenas aos políticos profissionais, para os outros os cidadãos comuns que se atrevem a desafiá-los arranjam desculpas esfarrapadas. Poucos vimos a defender a democracia e a discussão ampla das ideias. Terminadas as campanhas é vê-los a acomodarem-se nos gabinetes do poder. Salvo raras excepções, Como dizia o outro, " Há bons jornalistas em Portugal, sobretudo, entre os que já morreram".
Depois há ainda uma espécie de iluminados, Os TUDÓLOGOS, não sei se por inspiração divina, sabem tudo, opinam profundamente e com sapiência sobre todas as coisas, são sempre os mesmos, há mais de 50 anos. A alguns não se lhes conhece uma profissão mas falam das profissões dos outros como se fosse a vivessem .De facto, os portugueses são um povo generoso e trabalhador que se esfola para alimentar , bem demais tais alimárias.
Grande abraço,
Luís Sérgio