Em Abril de 2007, o Professor Fernando Charrua foi suspenso das suas funções na DREN pela própria Direção Regional, por motivo de alegados insultos a José Sócrates. O caso teve no passado dia 15 o seu epílogo.
Transcrevemos com a devida vénia o final do texto de Ana Sá Lopes, na página 2 da edição de 16 do corrente, no jornal «i».
"O tribunal obrigou o Estado a pagar a Fernando Charrua 12 mil euros por "danos morais", resultantes do seu despedimento sem fundamento da Direcção Regional de Educação do Norte. Curiosamente, quem o despediu passou incólume e nos intervalos da chuva. Como o tribunal não conseguiu provar que Charrua foi despedido por ter "proferido comentários jocosos sobre Sócrates", ninguém foi condenado - nem a antiga directora da DREN, nem o secretário de Estado, nem o ministro. Fomos nós condenados, caro leitor - o meu e o seu imposto extraordinário, fora os outros, pagarão os danos morais de um despedimento sem causa, evidentemente política, com uma vítima, Fernando Charrua, mas onde não foi possível apurar o criminoso. Crime houve, não se encontrou foi o autor material.
Ainda bem que Fernando Charrua vai ser indemnizado por danos morais. O seu despedimento, como estava na cara, foi um acto de saneamento político. O que é imoral é que quem na administração pública tem o poder de viabilizar este tipo de saneamentos políticos não tenha, depois, de pagar a conta dos danos morais."
Mais uma tipicidade deste país... e mais uma conta para pagarmos!
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