domingo, 31 de julho de 2011

Sem medalhas em Londres 2012?


Há hoje um título no «Expresso» que é elucidativo: "Londres 2012: Comité Olímpico não exige medalhas"
(http://aeiou.expresso.pt/).

Transcrição de parte da notícia e algumas observações:

Vicente Moura lamenta o "divórcio" dos desportos coletivos com os Jogos Olímpicos e realça diferenças de vontade nas modalidades. O Karaté é uma modalidade individual e também não vai aos Jogos porque... não pertence ao programa! Porque não é rentável comercialmente...

"Há aqui duas circunstâncias: uns não querem, outros não podem. O futebol não quer, não estou a dizer que o futebol não se tenha qualificado propositadamente, mas sabemos que a FPF vê a participação olímpica como uma participação menor", lamentou. O futebol não se qualificou propositadamente? Serão masoquistas ou não tiveram pés, pernas e cabeça para isso?

Depois do fracasso em Pequim 2008 quanto às metas traçadas para a conquista de quatro a cinco medalhas - o que chegou a estar escrito e contratualizado com o Instituto do Desporto de Portugal - Vicente Moura diz que já não comete o mesmo erro. Pudera... Como disse na semana passada, «os políticos acham que se arranjarem um culpado fora da política é fantástico».

"Desta vez isso não acontece: o programa que assumi com o governo não prevê lugares de pódio, prevê boa representação, condigna, etc... mais atletas, talvez mais modalidades, mas não mais do que isso", justificou o presidente do COP. Será que prevê resultados iguais aos dos J. O. de Barcelona? É que se é essa a previsão, então terá de se justificar sobre as verbas que foram gastas nisto tudo (a missão a Londres 2012 tem um apoio do Estado na ordem dos 14,6 milhões de euros!).

Um discurso prudente, ou defensivo? Um discurso a contar com a imprevisibilidade dos resultados ou a não acreditar no triplo-salto, no judo e na canoagem?

Regressando ao título, que é da responsabilidade da Lusa, se não se exigem medalhas então a comitiva portuguesa (70 a 80 atletas) tem um belo programa turístico a cumprir... e poder distrair-se e divertir-se à grande e à francesa (perdão, à inglesa!).
...

1 comentário:

  1. Caro Armando!
    Medalhas para quê?
    O que realmente importa é que o Senhor Vicente Moura e uns quantos continuem alegremente a presidir aos destinos do desporto português, Objectivos só para os professores, o resto não interessa.
    Grande abraço,
    Luís Sérgio
    PS.
    Mas este senhor não se tinha demitido depois das trapalhadas nos últimos jogos. Afinal, o olimpismo português é mesmo um quintal.

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