quarta-feira, 14 de março de 2012

Aos que aceitaram o último desafio...


Ōyama Masutatsu (大山 倍達), fundador do Kyokushinkai (極真会), dedica um capítulo do seu livro "Essential Karate", 1980, Sterling Publishing Co., Inc., New York, página 94, ao «Ritmo no Karate», apresentando as seguintes fotos:



 Reproduzimos o texto integrante desse capítulo:

"Ritmo é definido como qualquer tipo de movimento que se caracteriza pela recorrência regular de elementos fortes e fracos. Todas as coisas no universo têm ritmo, tanto externo, como a música, ou interno, como a estrutura atómica de uma rocha. As artes marciais não são exceção, e o estudante que tem um senso de ritmo vai melhorar no karate muito mais rapidamente do que aquele que não o tem. Seria de grande ajuda para um karateca envolver-se nas ocorrências rítmicas da vida quotidiana, tais como música, dança, e assim por dianteIsto levará a uma unificação da mente e do corpo a qual irá  servir de base sólida para o crescimento e excelência em qualquer empresa."

Regressaremos brevemente a estes temas até porque merece reflexão sobre isto o Gō () e o Jū () que tanto nos são conhecidos, assim como o desenvolvimento das capacidades espácio-temporais...

アルマンド  イノセンテス

3 comentários:

  1. Caro Dr. Armando:

    Pois... o ritmo! Era difícil chegar lá!
    Hyoshi...
    Cada um tem o seu ritmo em relação a si próprio, cada um tem o seu ritmo em relação ao adversário, cada kata tem o seu próprio ritmo.

    Como diz Eduardo Lara, "o Karate-do e o Ballet são o próprio Zen em forma de movimento."

    Bem vistos estes pontos em comum e a merecerem aprofundamento. Aguardemos!

    Um abraço grande
    JA Neves

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  2. Com todo o respeito por Oyama Sensei e pela noção de ritmo, karate é karate e ballet é ballet. Semelhanças fotográficas há com todas as outras modalidades.

    Não inventemos nada do que já está inventado! Kumite não é ballet! Kata não é dança!

    Cumprimentos.

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    1. Osu!
      Embora este comentário já tenha algum tempo, penso que o António San não terá entendido bem as palavras ou a imagem do Mestre Oyama (Essential Mas Oyama,s Karate, pág. 94, 1978).
      Ou seja, ele não pretende dizer que o Kata ou o Kumite é um ballet ou uma dança, longe disso. Ele fala do ritmo, que deverá existir em harmonia nas duas actividades, que obviamente são distintas quanto aos seus propósitos e finalidades, mas similares em matéria rítmica e de encontro do espirito com a mente e o corpo. Mas mais do que teorizar aqui acerca do tema, nada melhor do que ouvir nas proprias palavras do Sosai Oyama (discurso antigo feito aos seus estudantes, o que ele pretende dizer num discurso que certamente nos esclarecerá:
      "Ballet Dancers are good fighters. Oh I'm sorry, I'm only talking about fighting, but anyway, I hope it's interesting for you. You know, Ballet dancers have a very nice walk and slim, strong bodies. In fighting they can fight very rhythmically. I had one ballet dancer friend who liked to fight. Once when I was out with this dancer, he started to fight against others, eventually I had to help him out, but at first when I was just watching, I was very impressed with his rhythmical movements, despite his funnily formed fist. Our lives have rhythms. It means we are living rhythm. Those that lose the rhythm of life become ill. A good musician can be a good Karate-Ka. Even one who just loves and listens to a lot to music can be very good at Budo. Many famous people have also been musicians, and I think most Budo-Ka love music and can play some instrument. A person with bad rhythm can't be good at Karate. Walking is a rhythm, waking up and washing your face is a rhythm, and one shouldn't break these rhythms. Sometimes people break these rhythms. Sometimes people break their rhythm because of work, and some don't appear to have any rhythm at all."
      Sensei Luís Pinto

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