domingo, 4 de março de 2012

De quantas éticas se faz o desporto?


A já habitual crónica do Prof. Dr. José Manuel Meirim no jornal «Público» ao domingo, aborda hoje o PNED, na sua página 43 (aqui).

Com a vénia mais que merecida, transcrevo a seguir os três últimos parágrafos.

"Desejamos que a página do PNED nos dê conta da lista dos Embaixadores da Ética Desportiva. Não é difícil adivinhar, contudo, que lá encontraremos presidentes de federações desportivas e, seria uma injustiça de bradar aos céus, o chefe da Missão Olímpica Londres 2012, o Presidente da Federação Portuguesa de Canoagem.
Portugal tem em Fernando Pimenta uma das afirmações de excelência desportiva internacional. O atleta há muito tempo que aguarda uma decisão de um recurso que apresentou junto do Conselho de Justiça dessa federação. Um destes dias, como manifesta forma de controlar, amordaçar e quebrar a personalidade e a dignidade do atleta, a poucos meses dos Jogos, Fernando Pimenta recebeu uma nota de culpa onde se invocam pretensas infracções disciplinares cometidas em 2009. 2009!
Cito Millôr Fernandes e com ele concordo em absoluto: precisamos de um código de falta de ética."

Chegando ao fim desta "opinião", reencaminho o leitor para aqui para retirar as devidas ilações...

Não precisamos só de um código de falta de ética! Precisamos de de um outro de falta de moral! E já agora de um outro de como tornear a lei...

Regresso de novo a Séneca: "a vergonha deve restringir aquilo que a lei não proibe".

アルマンド  イノセンテス

5 comentários:

  1. Caro Armando !
    Como se vê , a ética desportiva e não só anda pelas ruas da amargura.
    Quanto à justiça, o caso é mesmo complicado, muito complicado... como diria o outro, mas o que é mesmo a justiça ?
    Alegremente, nos vamos afundando, sem justiça, sem ética, sem moral e, pior que tudo isto, sem ninguém que "parta os cornos a esta gentalha."

    Grande abraço,
    Luís Sérgio

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  2. A ética não pode ser um conjunto de intenções. A ética tem de ser um conjunto de ações. Mas infelizmente os arautos da ética continuam a não demonstrá-la e a não a mostrarem na prática, i. e., não a praticam.

    Então para quê as parangonas? Só há uma resposta: para gastar dinheiro, dinheiro esse que vai beneficiar alguém (quem?)...

    Um abraço.

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  3. Ora cá está: quantos serão os embaixadores para a ética no desporto? O que vão fazer? Dar umas conferenciazitas nas escolas? Quanto vão receber para gastos? Serão remunerados? E o resto? O resto não interessa!!! Mas pelo Professor José Manuel Meirim ficamos a saber que o occorrido em 2009 ainda não prescreveu...

    Compare-se...

    Abraço
    JA Neves

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  4. Conferências, estudos, publicações, workshops, comissões, embaixadores... Nós já devíamos estar habituados a isto. Onde está a admiração?

    Cumprimentos.

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  5. Será que precisaremos mesmo de um PNED? Se as federações se preocupassem em ministrar formação aos seus dirigentes, treinadores, árbitros e atletas, nada disto seria preciso. Se fossem buscar QUEM sabe do assunto e aprendesse com essas pessoas nenhum deste dinheiro estava a ser deitado à rua ou a servir para a engorda de porcos.

    Abraço
    Pedro Correia

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